Parte-se da premissa de que Deus, simplesmente perdeu a fé na humanidade. E a partir daí, Ele envia uma orda de anjos para destruir o mundo.
A partir disso, pode-se imaginar o que vem em seguida, ou pelo menos deveria. Grandes confrontos, destruição, anjos dominando o planeta de fato. Bem, isso não ocorre aqui. A trama incial do filme, é sobre uma família problemática, como já estamos acostumados a ver no cinema e também na vida real, que passa por problemas financeiros, e tem como único bem uma lanchonete afastada dos grandes centros urbanos.
É aí que o filme instalará todo seu aparato de filmagem. Sim, tudo que acontecerá nesse filme, ocorre aí, nessa lanchonete. Pois é aí que habita uma jovem garota grávida, que descobrimos mais tarde carregar dentro de si, a salvação do mundo.
Ajudados pelo anjo Miguel, essa família, junto de alguns clientes que estavam presentes no momento da catástrofe divina, irão lutar para sobreviver aos ataques de ordas de demônios?
Sim..
O filme tenta, com diálogos e com algumas subjetividades, lançar questionamentos e mensagens que competem somente ás grandes crenças religiosas, ou quem sabe aos grandes dilemas da sociedade. Mas o faz de maneira rasa, quase vazia.
O filme não tem muita pretensão, e isso é nítido.
O roteiro tem mais buracos que queijo suíço, mas apesar disso é um filme divertido.
A transformação do conceito de anjo, pré-estabelecido pela cultura moderna, é totalmente traída quando desce dos céus, ou melhor, chega de carro, o badass Miguel.
E essa é uma das maiores provas, de que o filme é puramente diversão, uma grande brincadeira.
Há alguns momentos, em que o filme tenta pregar algum tipo de medo, como no surgimento do SORVETEIRO monstruoso. E essa contradição é outro agravante do que quero dizer aqui.
Levando em consideração a intenção desse filme, a forma como é conduzido, os artifícios que o diretor Scott Charles Stewart, utiliza para manter a ação do filme, podemos sim concluir que não é um filme para ser levado a sério.
Como já disse, os buracos no roteiro são muitos, em alguns momentos, alarmantes, que vão te deixar pensando se aquilo é intencional ou é burrice dos responsáveis.
Mas há destaque para Paul Bettany, o anjo Miguel está em alta, e protagoniza um combate decente com o anjo Gabriel.
No fim das contas, é um filme sobre o apocalipse, mas que traz pelo menos uma ótica mais inovadora, ou menos batida que os filme catástrofe.
Tem muitas cenas violentas, muito tiroteio e repito, muitos buracos no roteiro.
Mas consegue ser um bom passatempo.
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