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Especial 10 Anos Cineplayers - Filmes de 2008

Dando sequência ao especial que revisitará os dez anos de cinema que o Cineplayers acompanhou durante sua existência, chegou a hora de conferir o ano de 2008.

Algo que iremos repetir sempre: a única regra é que cada editor deveria pegar um filme e escrever sobre ele, sem repetição com outro editor e considerando o ano de lançamento original do filme, não necessariamente sendo o seu preferido, apenas aquele que ele gostaria de falar algo relevante a respeito.

As listas anteriores podem ser vistas aqui: 2009, 2010, 2011, 2012.

Agora, vamos à mais recente:

 

Amantes, de James Gray

Em Amantes, James Gray estabelece uma relação de proximidade entre personagem e espectador raramente vista no cinema. Em cada imagem apresentada pelo cineasta se embute uma vigorosa carga emocional que nos submerge no turbilhão sentimental de Leonard, homem cuja solidão e descrença são instantaneamente contornadas pela paixão por uma mulher que não irá possuir. É um filme que não apenas compreende com precisão as escolhas de encenação em cada conflito dramático, mas estabelece uma cumplicidade particular, capaz de tornar plena a mais simples das ações, uma troca de olhares, um gesto de afeto ou de desespero. O olhar de Leonard voltado à câmera ao final evidencia um apelo dele próprio e do filme ao espectador: a consciência de que o que acompanhamos, à superfície, é a mais banal das relações de amor (um triângulo amoroso, no qual uma das partes sempre sai perdendo), mas filtrada através de uma amarga subversão emocional. O clássico final feliz em Amantes só não é feliz a quem naturalmente deveria sair contemplado do conflito: o protagonista, e neste caso o filme gerado a partir das suas emoções, que ao invés do êxtase romântico se encerra com a perda do desejado amor e a aceitação de outro que o substituirá, mas que dele terá em retorno apenas uma triste condescendência. A aliança do matrimônio em Amantes é um símbolo da dor, do que leva a vida adiante sem a menor conexão emocional, em consolo para o lamento de um futuro perdido. Resta a aceitação do que não desejamos, mas que simplesmente acontece e cujo controle escapa das nossas mãos.

- Daniel Dalpizzolo

 

Aquiles e a Tartaruga, de Takeshi Kitano

Takeshi Kitano já foi um pouco de tudo: comediante stand-up, artista plástico, poeta, cantor, apresentador e ator. Essa última ocupação levou-o ao seu principal ofício nos últimos vinte e três anos: a de cineasta. Aquiles e a Tartaruga expressa a eterna insatisfação artística do diretor e fecha sua trilogia sobre o “suicídio artístico”, dando sequência aos filmes Takeshis' (2005) e Glória ao Cineasta (2007). Apesar de ser o mais narrativo dos três, ainda é um trabalho com a sua marca: uma sensível tragicomédia onde as párias que enfoca são obstinadas em quebrar os paradigmas que os cercam – raramente conseguindo. Desta vez, um pintor sacrifica tudo em nome da arte, sem jamais ser bem sucedido. O título reflete tanto personagem quanto o artista - a referência ao mais famoso dos paradoxos de Zeno é uma analogia para a eterna sensação de insatisfação consigo mesmo. E é justamente nessa imperfeição, nos seus longos planos, nos movimentos econômicos de câmera, no ritmo desigual e quebrado, no humor deslocado e no tom paródico que nunca perde a nota tristemente humana que envolve a obra que o cineasta faz um de seus filmes mais pungentes, que só cresce na admissão e na busca. Tal tom sincero e confessional sobre a própria condição de criador é raro – e poucos conseguem tratar disso tão bem quanto Kitano, que jamais hesitou em desmontar seu próprio cinema se isso o fizesse crescer enquanto artista.

- Bernardo D.I. Brum

 

O Casamento de Rachel, de Jonathan Demme

Em O Casamento de Rachel, Jonathan Demme consegue, logo nos primeiros minutos, algo que a maioria dos filmes jamais alcança: uma intensa e profunda identificação entre o espectador e aqueles personagens. Para isso, o diretor se utiliza de alguns preceitos do movimento Dogma 95, em uma abordagem natural, sem trilha sonora ou outros “truques” narrativos, ressaltando a crueza e a veracidade das situações vividas por aquela família. O resultado é primoroso. O espectador sente a dor e as mágoas do passado que pairam sobre aquela casa. Não são personagens que vemos na tela, são pessoas de verdade, com suas tramas, suas angústias, seus erros, sua complexidade. Assim, mesmo quando o cineasta aposta em uma longa sequência de dança na festa, não há a sensação de excesso ou cansaço, já que entendemos aquelas pessoas e fazemos parte daquela família - e daquela celebração. O Casamento de Rachel não é uma experiência sempre agradável, mas é sempre real, verdadeira e por vezes até cruel. Assim como a vida do lado de cá da tela.

- Silvio Pilau

 

Encarnação do Demônio, de José Mojica Marins

Encarnação do Demônio, filme que fecha a  trilogia iniciada por José Mojica Marins em 1964 com À Meia-Noite Levarei Sua Alma, é uma recente prova irrefutável do quanto a obra do homem que dá vida ao icônico Zé do Caixão é uma das mais apaixonadas e resistentes às intempéries e exigências de seu meio artístico. Feito aos moldes do horror contemporâneo, este último longa constitui-se como uma verdadeira declaração de amor do diretor ao cinema visceral, que  busca no que há de mais primitivo em seu modo de fazer filmes o máximo de prazer que um trabalho autoral pode  proporcionar. Encarnação..., apesar de ser um legítimo Mojica, como os já distantes trabalhos dos anos 60, jamais soa como um filme anacrônico em que uma personagem de características patéticas se perde em uma época à qual não pertence. Para Zé, o mundo sempre foi o mesmo lugar habitado por seres desprezíveis e seu único foco continua sendo tentar tornar-se imortal através de uma semente que deve inocular em uma mulher capaz de trazer ao mundo um filho perfeito que, por sua vez, poderá sobrepor-se à suposta mediocriodade dominante. Todavia, não há pressa nessa busca, porque a imortalidade é um processo lento, digno dos espíritos que nada temem e que de tudo fazem para conquistá-la. Exatamente aquilo Mojica sempre fez em forma de imagens.

- David Campos

 

Entre os Muros da Escola, de Laurent Cantet

Embora O Cavaleiro das Trevas seja um filme particularmente marcante e que tenha um carinho especial pela fábula de amor e terror Deixa Ela Entrar, nenhum destes seria tão pessoalmente significativo, em tantas instâncias, quanto Entre os Muros da Escola. Preciso na condução de um elenco amador e de um roteiro fluido e realista, Laurent Cantet empunha uma câmera para inserir o espectador dentro de uma sala de aula no subúrbio de Paris, levando o público a presenciar um microcosmo da problemática étnica na França e suas principais vítimas: os jovens. No entanto, a abordagem (semidocumental) do cineasta do cotidiano docente extrapola os fortes muros de segregação da escola francesa. O drama de se chocar contra um sistema retrógrado, a dificuldade de se estabelecer a disciplina e o diálogo, de se explorar o interesse e o talento de alunos potentes (tendo, muitas vezes, de contornar a rebeldia destes), o convívio em sala de aula com violência, bullying e drogas, entre tantos outros desafios do magistério, compõem uma realidade que, se não universal, se aplica à sucateada educação brasileira e comove quem, em meu caso particular, tanto sente falta dessa que é uma profissão tão difícil quanto fascinante – e, lamentavelmente, subvalorizada.

- Rodrigo Torres de Souza

 

Gran Torino, de Clint Eastwood

Assim como Walt Kowalski vê em seu Gran Torino um elo com um passado da qual sente saudades e que não irá voltar, Gran Torino – o filme – é um resumo e também uma despedida de um tipo de personagem que acompanhou Eastwood por toda sua carreira. Walt tem de tudo um pouco: é racista, mal humorado, tradicionalista em excesso, cospe como um cowboy, mas sua atitude é assim por não acreditar mais no mundo, na juventude, por ter se tornado um forasteiro dentro de sua própria terra. Então, é engrandecedor ver sua postura mudar ao longo que sua amizade com o jovem Thao se desenvolve, ao mesmo tempo em que diversos temas recorrentes da carreira de Eastwood são discutidos: guerras, a chegada de novas culturas aos EUA, o racismo, a família... Gran Torino tem de tudo um pouco, mas o que tem de mais forte é a tal despedida do mito, do herói. Os minutos finais de GT são de uma intensidade torturante, quando todos esperam que o primeiro brucutu do cinema parta em busca de vingança, ele na verdade encontra sua redenção; é como se Walt pagasse ali, em meio a tiros de uma rua antes silenciosa, os pecados de todos os personagens que Eastwood tinha vivido até então. É a despedida de um personagem que o acompanhou por uma vida inteira e que já não encontra mais o seu lugar no mundo atual. Lindo, poético e inesquecível.

- Rodrigo Cunha

 

Guerra ao Terror, de Kathryn Bigelow

Uma obra-prima de guerra absolutamente visceral. Em 2008, foi deveras animador ver que ainda havia grandes filmes de guerra a serem feitos, e mais marcante ainda foi o fato deste ser dirigido por uma mulher, Kathryn Bigelow, que acabaria sendo a primeira a ganhar o Oscar de direção. Bigelow já havia realizado alguns ótimos trabalhos anteriormente, mas o que estava por vir seria sua melhor obra. Não há nada de sensível ou amaciado na perspectiva da diretora; ela leva seus personagens a situações-limite e não poupa os espectadores de imagens cruas e diretas. O conflito não se restringe ao inimigo em campo de batalha: alguns críticos mais animadinhos apelidaram Guerra ao Terror de “Apocalypse Now no Iraque”, o que é bem coerente, por conta da jornada psicológica que nossos protagonistas atravessam naquele deserto. Às vezes, a dificuldade em manter a sanidade é maior do que a de fugir das balas.

- Alexandre Koball

 

Há Tanto Tempo Que Te Amo, de Philippe Claudel

O inenarrável fato de uma vida que não pode ser postergado por acumular na mente lamúrias, remorsos queixosos e os dissabores dos erros. Por trás de grades reais e simbólicas reside a personagem Juliette Fontaine: grades da prisão por onde passou algum tempo; as grades da separação que lhe afastou de familiares por rejeição; e as grades que guardam sua memória, essas insuperáveis, que armazenam recordações sofridas. É a estréia do escritor francês Phillipe Claudel por trás das câmeras. “Há tanto tempo que te amo” é a retratação da dor de um ser vulnerável às condições da vida após mais de uma década em cárcere, procurando restabelecer-se numa região da França que abriga distintas culturas e parâmetros sociais individualizadores. De personagens misteriosos, o longa roteirizado pelo próprio diretor não se entrega a palavreados e se manifesta pela dúvida calada. Sentimos falta de algo. Claudel releva a ausência. Kristin Scott Thomas dá serenidade dúbia a Juliette e a direção exprime o flagelo humano num drama intenso, típico do cinema francês.

- Marcelo Leme

 

Serviço, de Brillante Mendoza

Mais um cineasta de um dos chamados países emergentes, no caso as Filipinas, a desvendar com inigualável maestria o atraso e o subdesenvolvimento de sua nação. Usando como pano de fundo um fétido (literalmente) cinema pornográfico numa grande cidade anódina como tantas outras capitais do mundo globalizado, Brillante Mendoza traça um duro, implacável, retrato de uma sociedade que ainda tenta curar furúnculos fazendo sucção com velas e garrafas de cerveja. Para nós brasileiros, é incomôdo e hilariante ao mesmo tempo. Mendoza não entra na onda ufanista, nem na lamentação contra a nova ordem mundial – como se a globalização servisse apenas para deixar mais nítida a separação que existia antes, sem ser a sua causa. A pensar.

- Demetrius Caesar

 

Sinédoque, Nova York, de Charlie Kaufman

Na essência de suas obras, o que Kaufman sempre procurou foi adaptar seu ritmo fílmico ao seu ritmo real, encaixar realidades paralelas que possuem todos seus temas em comum, mas que parecem jamais conseguir entrar em um acordo ou sintonia. Ele segue o caminho mais difícil e tenta desesperadamente quebrar as estruturas do tempo e do espaço em seus filmes, e depois exige que nós, desse lado da tela, correspondamos a essa desconstrução. Quando por fim ele atinge um nível de surrealismo impossível de se acompanhar com a razão, seu filme finalmente se dilui em seu próprio eixo e descamba para um universo engolido pelo outro, o inteiro tomado pela parte, a parte tomada pelo total. A cidade de Nova York é engolida, a ficção se sobrepõe à realidade (e vice-versa), o real e o fictício vão se chocando tão violentamente na tentativa de se adaptarem um ao outro que chega uma hora em que se fundem em uma fórmula catastrófica, em que o diretor dialoga diretamente com seu alter-ego no filme, que por sua vez o corresponde como um reflexo distorcido de um espelho quebrado. Realidade e ficção nunca devem dialogar tão diretamente aos olhos de Kaufman, mas propositalmente é isso que ele tenta fazer, criando para si um universo próprio, onde as duas se mantêm suspensas.

- Heitor Romero

 

Sonata de Tóquio, de Kiyoshi Kurosawa

Dono de uma das filmografias mais sólidas do cinema contemporâneo, o japonês Kiyoshi Kurosawa viu-se aprisionado em rótulos como o de especialista em cinema terror e fantástico muito por conta de sua inclinação aos toques sobrenaturais (ou a sugestão dele) a que boa parte da sua reputação ainda é ligada. Kiyoshi utiliza muito dessa experiência em anos com o gênero neste melodrama familiar em que o horror se instala numa estrutura aparentemente naturalista, contando uma história em tons trágicos, mas de forma serena, homenageando o cinema de Yasujiro Ozu. Um pai de família de meia idade perde o emprego de muitos anos e esconde da mulher (e dos filhos) que está desempregado, fingindo sair para trabalhar, todos os dias, enquanto procura o que fazer para lidar com essa realidade na qual gostaria de acordar como se fosse só um pesadelo. Outros personagens aparecem, numa construção em painel em torno de assuntos contemporâneos num universo globalizado, em contraponto à falência e ruína do modelo tradicional de família, nas concepções gastas e daninhas reservadas a cada elemento dentro dela. E fora, um mundo permanentemente vigiado e monitorado no qual é necessário preservar as aparências e uma imagem. O terror da superfície.

- Vlademir Lazo

 

Trovão Tropical, de Ben Stiller

É revigorante para o espectador de cinema que a comédia de Trovão Tropical seja oposta (e insurgente) àquela fixada na persona do Ben Stiller de Quem Vai Ficar Com Mary? em diante. Como se sabe, sucesso de um filme muitas vezes transfere ao ator uma coerciva tendência de repetição daquela figura em meios para os quais ela não foi inicialmente concebida (como ocorre hoje a Galifianakis, Jason Bateman, Charlie Day…). Trovão Tropical traz um Stiller maduro como comediante, profundamente envolvido (roteirista, produtor, diretor), que se nega a reproduzir o cenário precedente - prefere comentar (e sabotar) a máquina serial da indústria a ser pego em sua esteira. Para isso, Stiller faz algo infernalmente difícil e carente de mais crédito: uma comédia que corrompe sem ser escrachada e que derroga sua inclinação à caricatura, que é absurda, gritante, lunática, mas que nunca é fácil ou barata. Trabalhar o fino no invólucro do grosso, dessa estética e códice que à primeira vista remetem a um quadro do SNL mas que jogam com outros níveis de linguagem e com incontáveis pontos de referência, até que a comédia, na mais sofisticada de suas matérias, paire, plane e condense num Tom Cruise careca dançando hip hop. E a quem como tantos desprezava Ben Stiller antes de Trovão Tropical, sugiro que faça o que eu mesmo fiz: first, take a big step back…

- Luis Henrique Boaventura

 

Valsa com Bashir, de Ari Folman

Em dezembro de 2009, quando o CP divulgou a lista dos melhores filmes exibidos no circuito comercial do Brasil naquele ano, eu estava momentaneamente afastado da equipe colaboradores do site. Se estivesse presente, não teria muita dificuldade para escolher meu 1º colocado: Valsa com Bashir. Concebido como um documentário de animação (estilos aparentemente excludentes mas que aqui se complementam), o filme é uma espécie de autoanálise do cineasta Ari Folman sobre sua participação no massacre dos campos de concentração de Sabra e Shatila, em Beirute, no Líbano, ocorrido em 16 de setembro de 1982, quando ele tinha 19 anos e lutava pelas tropas israelenses. Mais do que revelar os detalhes de um dos maiores – e menos conhecidos – crimes contra a humanidade, interessa a Folman discutir o poder da memória, sua capacidade de preencher os vazios das nossas lembranças e, por meio de mecanismos psicológicos de autopreservação, construir universos paralelos que nunca aconteceram no mundo concreto. Além disso, nos devastadores minutos finais, quando o filme abandona um dos gêneros que lhe dava sustentação, o diretor parece afirmar que o cinema, por maior que seja sua vocação narrativa e avanços tecnológicos, nunca será capaz de dar conta de determinadas realidades.

- Régis Trigo

 

Vicky Cristina Barcelona, de Woody Allen

As cores de Pedro Almodóvar invadiram o cinema de Woody Allen e a consequência foi um ensaio leve e atrevido sobre o impedimento moral, tópico que vem sendo discutido há anos pelo cineasta e aqui surge depurado. Apostando em um alter ego feminino que só tem certeza daquilo que não deseja para sua vida, ele escava emoções secretas. Ninguém é apenas o que a superfície demonstra, e o desejo sempre pode reservar armadilhas, até mesmo para os mais cartesianos. De todas as cidades em que o realizador filmou em sua turnê europeia, Barcelona é a mais personagem, ganhando espaço inclusive no título, honraria que divide apenas com Manhattan. E a verdadeira tríade presente na história é formada por Vicky, Juan Antonio e Maria Helena, que transformou Penélope Cruz em uma ladra de cenas com seu espanhol insistente e sua passionalidade neurótica. Allen soube inovar sem perder a identidade e insuflou sua filmografia com uma agradável lufada de ares quentes.

- Patrick Corrêa

 

WALL•E, de Andrew Stanton

Tudo começou com Toy Story, em 1995, e de lá para cá a Pixar se firmou como referência na arte de animar, apesar dos dois últimos anos irregulares. Dentre tantas obras-primas, Wall-e não poderia passar batido. O apocalíptico filme sobre o caos na Terra alerta para as consequências das ações irresponsáveis dos seres humanos. Ao mesmo tempo, lembra aquele que talvez seja o legado mais importante que o homem pode deixar: a arte, representada pelo cinema e pela música. É ainda uma ode não só à preservação ambiental e ao desenvolvimento tecnológico responsável, mas também uma grande crítica ao homem moderno e a seus costumes. Wall-e é a mais bem acabada obra da Pixar na tarefa de romper qualquer barreira entre público infantil e adulto – e, em sua paixão pela arte, resgata o poder das imagens pela constante ausência de falas. É uma animação que cumpre a tarefa de levar uma gama de mensagens ao espectador e fazê-lo sentir as consequências de ignorar os alertas. E essa combinação de pensar e sentir nada mais é do que a magia do cinema.

- Emilio Franco Jr.

Comentários (47)

Douglas Rodrigues de Oliveira | terça-feira, 08 de Janeiro de 2013 - 21:45

Pois é companheiros... Se TDK fosse dirigido pelo Tarantino, será que estaria no TOP 1? Hum... 🙄

jorge lucas | terça-feira, 08 de Janeiro de 2013 - 22:33

Tem Amantes aí ta de boa. TDK quer queiram ou não foi o filme de 2008. Bem, pela primeira vez senti falta da Josiane, ela com certeza o poria aí no meio e esse bafafá não existiria.

Bernardo D.I. Brum | quarta-feira, 09 de Janeiro de 2013 - 17:51

são os nossos preferidos de 2008. cada um escolheu um. não foi para listar os mais rentáveis e/ou populares. foi uma escolha pessoal de cada um. ninguém é obrigado a escolher Cavaleiro das Trevas se não gostar, não quiser ou preterir. não é um top, é organização por ordem alfabética.

Patrick Corrêa | quinta-feira, 10 de Janeiro de 2013 - 16:09

Endosso as observações do Bernardo.

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