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Especial 10 Anos Cineplayers - Filmes de 2009

Dando sequência ao especial que revisitará os dez anos de cinema que o Cineplayers acompanhou durante sua existência, chegou a hora de conferir o ano de 2009.

Algo que iremos repetir sempre: a única regra é que cada editor deveria pegar um filme e escrever sobre ele, sem repetição com outro editor e considerando o ano de lançamento original do filme, não necessariamente sendo o seu preferido, apenas aquele que ele gostaria de falar algo relevante a respeito.

As listas anteriores podem ser vistas aqui: 2010, 2011, 2012.

Agora, vamos à mais recente:

 

(500) Dias com Ela, de Marc Webb

Ao menos para o meu gosto, a eficácia de uma comédia romântica deve respeitar quatro regras básicas: um protagonista com o qual o público se identifica rapidamente; química entre o casal central; conflitos amorosos verossímeis; e personagens coadjuvantes cativantes e engraçados. (500 Dias com Ela) vai muito além disso. Vemos aqui a construção e a desconstrução de um amor da forma mais honesta e humana possível: a narrativa é fora da ordem (como os fluxos das nossas memórias), as reações são emocionais (no fim do relacionamento, as virtudes dos nossos parceiros se transformam nos seus piores defeitos), e as lembranças, seletivas (recordamos apenas das partes boas ou apenas das ruins). Além disso, o roteiro tem a  coragem de enfrentar um dos dogmas do gênero ao acenar com um final não propriamente feliz. Não bastasse a maturidade com que enfrenta um tema tão universal, duas sequências servem como cerejas no bolo: o número musical no meio da praça (retrato perfeito para o estado pleno de felicidade dos apaixonados) e a contraposição entre “expectativa” e “realidade” do protagonista. Desde “Harry e Sally – Feitos um Para o Outro”, não lembro de uma comédia romântica que supere “(500) Dias com Ela”. 

- Régis Trigo

 

Abraços Partidos, de Pedro Almodóvar

É o cineasta cego, que apalpa a tela para sentir sua imagem, sua criação, como se acariciasse uma textura, com base apenas no que está ouvindo. É o produtor mesquinho, que se choca com o que assiste na tela grande, mas que, agoniado, não consegue ouvir o que está sendo dito. É o aspirante a diretor, voyeur, que persegue seus alvos na ânsia de montar seu primeiro filme, mas sem a malícia da profissão. É a atriz, glamourosa, que é Audrey, que é Marilyn, mas que nunca consegue ser ela mesma. Abraços Partidos é Almodóvar se chocando com todos os recursos básicos do cinema, filmando filmes dentro de filmes, dentro de outros filmes, berrante como sempre, alardeando seu amor pela arte, usando sua câmera como cúmplice sofrida de seus personagens. Nunca o cineasta foi tão fundo, nunca amou tanto, nunca abusou tanto, nunca se excedeu tanto em tudo que se prestou. Uma das declarações de amor mais tristes, dramáticas, de artistas em conflito com a imagem, ou o som, ou a luz, ou mesmo a câmera, mas ao mesmo tempo tão irremediavelmente reféns de tudo isso. Nessa de “mutilar” o cinema, ora amputando o som, ora a imagem, ora a luz, ele declara seu ódio e seu amor ao mesmo tempo, e nos encanta mais uma vez com suas cores vivas mergulhadas na escuridão da alma de seus personagens.

- Heitor Romero

 

Avatar, de James Cameron

De todos os truques de que Cameron se vale para fortalecer seu discurso reproduzindo surrados elementos de gênero num pastiche muito do sem-vergonha (embora habilmente manejado), um merece dedicada atenção - porque é inédito: a revisão dos oponentes ‘homem’ x ‘natureza’ representados por Cameron na oposição de dois corpos, o frágil corpo humano, objeto real de cena, e o exuberante avatar, objeto digital. Com a transferência da vida, no epílogo, do deficiente corpo do homem para o corpo digital, Cameron aponta não apenas que a perfeição residiria em uma comunhão com a natureza (apenas um de seus discursos em Avatar), mas em um zarpar de todo o cinema na direção da beleza (anódina e acessória, mas nunca desprezível) da computação gráfica, o que representaria uma decisiva mudança de direção: onde no cinema a câmera sempre captou para dentro de si um mundo disponível, que se transforma e se projeta, em Avatar cabe à câmera a projeção do mundo inteiro, um mundo estático, incapaz de se transformar sozinho e cuja imperfeição, a matéria de toda a arte, deixa de ser inerente para ser apenas simulada. Avatar é aventura romântica, é propaganda política, é blockbuster bagaceira e, em último nível, teoria de cinema.

- Luis Henrique Boaventura

 

Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino

Tarantino faz em seu filme o que muitos sempre tiveram vontade de fazer: vingar a história. Uma obra que utiliza personagens e contextos reais mas levados ao extremo do ficcional é o tipo de obra que não poderia pertencer à outra mídia que não o cinema. Em seu início, os objetos de cena deslocam-se para os personagens se apresentarem e após longo diálogo claustrofóbico, move-se a câmera para que, visualmente, uma nova realidade seja construída aos nossos olhos. Na mesma linha o tempo todo entre clausura e violência, o filme de guerra de Quentin Tarantino é uma criança bastarda herdeira do senso de dramaturgia e tempo única do cinema italiano dos anos 60-80; aqui, Leone vai à guerra em um filme onde o cinema salva o mundo no espetáculo pirotécnico mais exagerado e histérico dos últimos anos. O clima seco e violento e ao mesmo tempo deliciosadamente cínico e desobediente com o padrão educado e estéril das produções hoje em dia recorta e remonta a linguagem para reconstruir a história. No cinema, o mundo é dos bastardos – e poucos captam isso hoje em dia com a mesma sensibilidade do cinéfilo mais voraz que já nasceu em Knoxville, Tennessee.

- Bernardo D.I. Brum

 

Distrito 9, de Neill Blomkamp

Alienígenas e crítica social não é lá uma das combinações mais comuns no cinema. Distrito 9 conquistou crítica e bilheterias em 2009, sendo óbvio para alguns (apenas uma maquiagem para falar do Apartheid) e originalíssimo para outros, mas o fato é que o filme marcou seu território. A obra do sul-africano Neill Blomkamp (estreante na cadeira de diretor e que contou com Peter Jackson para trazer seu filme para o grande público) tem seus problemas – duração excessiva e efeitos especiais defasados, este último menor – mas é sim um trabalho vigoroso e com sua parcela de originalidade. No ato final, a obra descamba para o tiroteio desenfreado (o que ajudou a trazer o grande público para ela) e abriu espaço para uma sequência que, felizmente, não apareceu ainda, pois o filme tem força para se manter como obra completa por si só.

- Alexandre Koball

 

A Fita Branca, de Michael Haneke

Haneke é chegado às polêmicas. Àquelas que envolvem o comportamento humano. Principalmente ligada a alguma espécie de maldade gratuita. Em a Fita Branca, ele vai além. Quer mostrar que a maldade faz parte da natureza das pessoas, mas também tem a ver com o tipo de sociedade em que estão inseridas. A maldade, portanto, é intrínseca, mas permanece adormecida em comunidades saudáveis, só que despertada, com consequências trágicas e longínquas, quando a sociedade se aproveita da violência autorizada e institucionalizada para regrar o convívio. Assim, Haneke não poupa as crianças de seu estudo sobre a maldade. Os pequenos não nascem bons, pelo contrário, são ruins. A educação trata de ensiná-los os modos ideais de comportamento, mas esse mesmo sistema – em casa ou na escola – pode potencializar o lado animal da raça humana. Aqui, uma geração criada sobre conservadorismo e rigidez excessiva. Para Haneke, em seu preto e branco desesperançoso, isso explica em parte a geração nazista que se seguiria. É perturbador.

- Emilio Franco Jr.

 

Inimigos Públicos, de Michael Mann

O que é pior: abrir um banco ou assaltá-lo? Inimigos Públicos se aproxima bem mais dos filmes de gângsters da década de 30 do que de similares ao estilo O Poderoso Chefão, resgatando uma tradição em que glorifica a guerra do criminoso contra os engravatados dos bancos, do governo e de Wall Street, filmes nos quais os roubos, assaltos, assassinatos, sequestros, tiroteios excepcionais, ações violentas, fugas espetaculares de cadeias de alta segurança e participação ativa da polícia e de bandidos serviam de palco a obras que, mais do que fazerem parte do gênero, tornam-se uma profunda entrega ao drama e à intensidade que dali se pode arrancar. Michael Mann extrai disso tudo uma visceralidade inacreditável, e se Miami Vice era um experimento estético do diretor, um verdadeiro exercício de estilo, levando as inovações formais de Colateral ao limite, é em Inimigos Públicos que o cineasta encontra mais do que nunca um argumento à altura desse projeto de cinema (sem que isso o torne, necessariamente, o melhor do diretor). Num tempo em que a maioria dos filmes são produtos híbridos com demais expressões áudios-visuais que maculam a sua essência, um dos maiores elogios que se pode fazer a Inimigos Públicos é que como filme ele não é videoclipe, não é publicidade, não é televisão, não é videogame. É cinema.

- Vlademir Lazo

 

Mary e Max - Uma Amizade Diferente, de Adam Elliot

Vencedor do Oscar por Harvie Krumpet e estreante em longas-metragens com Mary e Max - Uma Amizade Diferente, Adam Elliot foi capaz de estabelecer sua cinematografia com apenas dois trabalhos. A peculiaridade de suas criações em massinha, por exemplo, serve a esse propósito de maneira ampla, e não apenas por sua singularidade – afinal, Elliot a utiliza como ferramenta narrativa que se estende por toda a projeção. Os traços marcantes, caricaturais, de Harvey, Mary, Max e todos os outros personagens desajustados que povoam sua obra lhe permitem explorar temas delicados de modo objetivo, expressivo, irreverente e, principalmente, sensível, denotando a complexidade de sentimentos proposta em suas premissas (aspecto sempre acentuado pela qualidade de sua equipe técnica). Em Mary e Max, Elliot amadurece sua visão e constrói um universo depressivo latente em sinceridade. De maneira sóbria, lida com as disfunções comportamentais de seus protagonistas e levanta uma reflexão que não compromete, mas extravasa a experiência catártica do público, contagiado pela inocência da pequena Mary e pelas patologias do velho Max, identificado com a linda amizade que se estabelece entre essas figuras díspares e incrivelmente humanas.

- Rodrigo Torres de Souza

 

Mother - A Busca pela Verdade, de Joon-ho Bong

Há, nos principais filmes do coreano Bong Joon-ho (Memórias de um Assassino, O Hospedeiro), personagens que se lançam a buscas e/ou investigações intensas e que se constroem enquanto indivíduos deixando transbordar suas verdadeiras essências através de sentimentos e obsessões que sempre, de uma forma ou de outra, mostram o quão (apesar de seus defeitos) fortes e determinadas elas são. Em Mother – A Busca Pela Verdade, uma mãe tenta provar que seu filho com problemas mentais não é o autor de um assassinato investigando os detalhes do terrível crime com dedicação irrefreável. Existem aqui elementos trágicos, como o descomedimento - o impulso mortal que leva homens à ruína -, que conferem à trama um cruel efeito reverso quando finalmente a verdade do título brasileiro é revelada e a protagonista, por puro instinto, se entrega à completa irracionalidade, amparada unicamente pela certeza de que ela e o filho são, no fundo, a mesma pessoa. Mother é um filme que lida com a fronteira entre o amor e o desequilíbrio e que traz de uma maneira bastante simples, apesar de não clichê, muito daquilo que faz de seu realizador um dos melhores da atualidade. O contato com ele tanto pode estarrecer quanto enternecer.

- David Campos

 

Polytechnique, de Denis Villeneuve

Em 1982, um maluco matou todas as alunas do curso de engenharia da Escola Politécnica da Universidade de Montréal, nos primórdios dessa onda de massacres em escolas que, pelo visto, está longe de terminar. Quase 20 anos depois, o cineasta Dennis Villeneuve resolveu contar a história no cinema com frieza e distanciamento. O filme resultou metódico e um tanto oportunista, gerando uma discussão sobre se o cinema deveria mesmo recriar histórias como essas, cujo maior exemplo seria Steven Spielberg em “A Lista de Schindler”. O final desastrado arruína ainda mais o filme que, fosse um documentário, seria imbatível. De qualquer forma, vale como registro sombrio desse episódio abominável.

- Demetrius Caesar

 

A Religiosa Portuguesa, de Eugène Green

Minhas dez escolhas para o especial poderiam ser reservadas para Eugène Green, caso ele tivesse filmado durante todos os anos entre 2003 e 2012. Um cineasta de obra singular, barroca, fabulística, metafísica, espirituosa, desconcertante, que traz ao cinema um nível de sensorialidade extasiante, tirando dos atores performances hipnotizantes e registradas em planos tão frontais que os põem a olhar dentro do olho do espectador. Green demorou 50 anos pra fazer seu primeiro filme, e desde então vem realizando algumas das mais belas obras-primas do cinema contemporâneo – Todas as Noites,  O Mundo Vivente, e especialmente A Ponte das Artes, meu filme favorito dos anos 2000. O espaço é tão pequeno e tanta coisa deveria ser dita pra que seja possível sintetizar brevemente a magnitude de A Religiosa Portuguesa que eu prefiro apenas ressaltar que a experiência encontrada no cinema de Green não tem precedente nem semelhança com nada produzido nos dias de hoje. Destaque pra cena do encontro na igreja entre a atriz e seu duplo, em um diálogo de 12 minutos capaz de provocar overdose.

- Daniel Dalpizzolo

 

Se Beber, Não Case, de Todd Phillips

Uma das formas de avaliar o alcance e a influência de um filme é ver se ele passou a fazer parte da cultura pop e do imaginário popular. Se Beber, Não Case pode se orgulhar disso. Desde o seu lançamento, além da inevitável sequência, a produção gerou novos astros para Hollywood (Galifianakis e Cooper, principalmente), produtos de merchandising (cansei de ver pessoas vestindo camisetas com o desenho de Carlos na frente) e colocou novas expressões na boca do povo (“One man wolfpack”). Isso porque Se Beber, Não Case é uma comédia onde tudo deu certo. Apoiado em um roteiro inspirado, repleto de piadas inteligentes e hilárias – sempre beirando o nonsense e sem medo de ser politicamente incorreto –, Todd Phillips e o elenco conseguiram manter um ritmo incrível de cenas engraçadas, sem esquecer de apresentar personagens divertidos e carismáticos. Se Beber, Não Case não foi apenas a melhor comédia da década passada. É, até então, a melhor desse novo século.

- Silvio Pilau

 

O Segredo dos Seus Olhos, de Juan José Campanella

Uma velha máquina de escrever que falta a imprescindível letra A e um personagem que carece de algo que fomente seu eu. Ausência física e de sentido. Metáfora simples. O filme percorre uma diretriz simbólica que favorece uma explanação da vida cujas paixões a movimenta, ambientada numa narrativa sobre lembranças. Assim este deslumbrante filme argentino dirigido por Juan José Campanella trata através de sua longa duração e a partir de uma narrativa sem ordem cronológica aspectos da existência, inevitavelmente nos atingindo por uma perspectiva: nossa afeição com coisas e pessoas. E o passado, o que restou dele, determina o porvir de um protagonista insípido, vivido brilhantemente por Ricardo Darín. Ainda acessamos o que fora a política argentina na década de 70. Tecnicamente impecável – vale ressaltar um dos mais belos plano-sequência num campo de futebol –, tornou-se imperecível e um marco inquestionável do cinema argentino.

- Marcelo Leme

 

Sempre ao Seu Lado, de Lasse Hallström

Não é um simples filme sobre cachorros, embora seja um dos melhores que já vi sobre esses animais. É uma verdadeira história de amizade e amor incondicional e espanta o fato de ter sido baseado em fatos. Difícil encontrar alguém que tenha assistido a Sempre a Seu Lado e não tenha vertido lágrimas. Richard Gere coube perfeitamente no papel de homem de família e não imagino hoje outro ator em seu lugar. Possivelmente é o seu melhor trabalho. Não existe prova maior de amor que eu consigo visualizar: o de um cão para com seu dono, a entrega total sem preço e sem pedir nada em retorno, a não ser talvez um abraço ou um olhar de carinho. O diretor Lasse Hallström costuma exagerar no melodrama, mas aqui esse exagero caiu perfeitamente bem. Spencer e Preta, amo vocês!

- Josiane K

 

Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, de Marcelo Gomes e Karim Ainouz

A união de Marcelo Gomes e Karim Ainoüz na direção teve como resultado um oásis de beleza e sensibilidade que afaga o peito onde bate um coração desencantado. Narrada por um personagem cuja face jamais é vista, a viagem de caminhão Brasil adentro é um ensejo para reflexões sobre amor e abandono com uma roupagem prosaica, capaz de transformar o banal em extraordinário. É o típico sujeito deslocado lidando com uma perda e as suas derivações ao mesmo tempo em que a vida prática exige o cumprimento das obrigações. À procura de poços nas estradas cálidas do interior se soma uma busca pelo próprio eixo, amparada por um cancioneiro popular que evoca emoções universais e, por isso mesmo, passíveis de compartilhamento. A frase-título, linda de doer, vem de um para-choque observado no longo percurso literal e metafórico, revelador de um espírito combalido e que tenta se conformar com uma ausência, embora a repita para si mesmo na tênue esperança de uma retomada.

- Patrick Corrêa

 

Vício Frenético, de Werner Herzog

Só mesmo um cineasta do calibre de Werner Herzog teria culhões para refilmar um Ferrara tão recente e ainda assim conseguir realizar uma obra relevante para a indústria. O filme de 2009 é tão diferente do seu original que poderia muito bem ser uma sequência, talvez passada em um mundo paralelo ao do Tenente de 1992. A boa verdade é que Vício Frenético sempre teve a cara de Herzog. O diretor gosta de trabalhar o tema do macro afetando o micro, e este mundo sujo, desesperançoso, onde não há espaço para o luxo das boas ações alterar o modo de trabalho do até então exemplar McDonagh; não é a toa que o tenente adquira todos os seus problemas justamente ao tentar ajudar um preso, o tal do meio afetando a unidade. Assim, ao impor sua visão da história, ele nos entrega um filme mais colorido, surreal, menos sufocante e denso, que usa e abusa do humor negro em cima do absurdo, mas não menos melancólico na sua essência. E, convenhamos, um filme onde uma alma que dança break pode ser assassinada não tem como ser ruim.

- Rodrigo Cunha

Comentários (43)

Bernardo D.I. Brum | quarta-feira, 02 de Janeiro de 2013 - 16:15

Como se a culpa fosse do Eugene Green não ter o mesmo "lobby". hahaha

Alexandre Marcello de Figueiredo | quarta-feira, 02 de Janeiro de 2013 - 19:10

Não conheço os filmes do Eugène Green e nem sabia da sua existência. Vou me certificar. Imperdoável.

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