Saltar para o conteúdo

Artigos

Top 100 American Film Institute - parte 3/4

No final do século XX, para comemorar os 100 anos da existência de cinema, o American Film Institute (AFI) criou a lista "100 Anos 100 Filmes", feita a partir de centenas de títulos, por inúmeros profissionais da área. Trata-se de uma relação dos 100 melhores filmes norte-americanos de todo esse período (ou seja, esqueça filmes "estrangeiros". Para mais informações, visite o site do American Film Institute.

Esta é a terceira de quatro partes do especial “Top 100 American Film Institute”. Cada parte conterá 25 filmes comentados, começando pelo 100º. até o 1º.

Para ver a lista completa, clique aqui. Para ver as fichas individuais, clique no título de cada filme.

Para ver a parte 1/4, clique aqui.
Para ver a parte 2/4, clique aqui.

50º. Butch Cassidy (Butch Cassidy and the Sundance Kid, 1969). Direção de George Roy Hill.

Dois fugitivos da lei vão parar na Bolívia, onde pensam que se livrarão das perseguições. Mero engano! O filme conta com uma das cenas de tiroteio mais aniquiladoras, intensas e desesperadoras já vistas no cinema. Além da música “Raindrops Keep Falling On My Head”, lindíssima, que virou fenômeno mundial. Um pequeno grande filme.

49º. Branca de Neve e os Sete Anões (Snow White and the Seven Dwarf, 1937). Direção de David Hand.

O primeiro longa animado da história do cinema. Só por isso o filme já merece ter seu lugar na lista. Personagens carismáticos preenchendo uma velha e clássica história também determinam a importância desse filme, hoje simples mas sempre obra-prima.

48º. Tubarão (Jaws, 1975). Direção de Steven Spielberg.

E Spielberg continua aparecendo na lista. Esse filme é metade dele e a outra metade do maestro John Williams, que criou um de seus principais e mais inesquecíveis temas para essa tensa história de terror no mar. Efeitos especiais mecânicos que ainda hoje podem ser considerados uma referência, neste que é considerado largamente como o criador dos filmes arrasa-quarteirões.

47º. Taxi Driver (Taxi Driver, 1976). Direção de Martin Scorcese.

Um homem revoltado contra todos. Uma seqüência final impressionantemente interpretada por Robert De Niro e Jodie Foster e tão bem dirigida quanto por Scorcese. Um retrato do homem moderno na grande cidade ou apenas a ira de um só homem frustrado contra a sociedade? Esta é por muitos considerada a obra-prima máxima do diretor. Um filme que tem seu lugar garantido em qualquer lista.

46º. Laranja Mecânica (Clockwork Orange, 1971). Direção de Stanley Kubrick.

Um filme visionário do sempre mestre Stanley Kubrick. No futuro – que já aconteceu – a sociedade viverá um estado de caos e depravação. Um roteiro genial e interpretações perfeitas fazem desta uma obra-prima bem referenciada por cada pessoa que ame o cinema. Filmes não ficam muito melhor que este.

45º. Uma Rua Chamada Pecado (A Streecar Named Desire, 1951). Direção de Elias Kazan.

Este filme, em minha opinião, possui a melhor interpretação feminina já vista na história do cinema: Vivien Leigh como Blanche, que vai visitar sua irmã e o marido (Marlon Brando, também em sua possível melhor interpretação da carreira) e acaba passando por situações complicadas nas mãos dele, principalmente. Só por esses dois atores, o filme deveria estar muito melhor colocado na lista. Uma obra-prima!

44º. O Nascimento de uma Nação (The Birth of a Nation, 1915). Direção de D.W. Griffith.

Um dos primeiros filmes comerciais do cinema, este é um épico sobre os dois lados da Guerra Civil norte-americano. Reconhecido por inúmeros críticos como um filme de alto teor racista (os negros sempre eram injustiçados e motivo de riso por parte dos brancos), tem muita técnica mas um conteúdo apenas regular. Suas mais de três horas demoram para passar, valendo mais como um estudo da história cinematográfica.

43º. King Kong (King Kong, 1933). Direção de Ernest B. Schoedsack e Merian C. Cooper.

O mais famoso dos filmes de monstros. Embora alguns atribuiriam esse título a Godzilla, este macacão tem um charme impecável até hoje. Trata-se de um filmão-pipoca, nem mais, nem menos, porém tecnicamente muito à frente de seu tempo, com situações muito divertidas e memoráveis. Suas cenas permanecem na cabeça mesmo das pessoas que não chegaram-no a assisti-lo completamente.

42º. Janela Indiscreta (Rear Window, 1954). Direção de Alfred Hitchcock.

Outra elaborada trama com direção de Hitchcock presente na lista. O melhor do filme é sua técnica: totalmente rodado em estúdio, possui apenas um cenário: o apartamento de Jeff (James Stewart), de onde ele, com a perna quebrada, passa a vivenciar a rotina de seus vizinhos, até descobrir um provável caso de assassinato. O filme influencia muito até hoje o gênero suspense, e é presença mais do que justa na lista.

41º. Amor, Sublime Amor (West Side Story, 1961). Direção de Jerone Robbins e Robert Wise.

Um musical com clima latino e a velha história bobinha de amor. É um filme que possui uma legião de milhões de fãs ao redor do mundo, que ganhou 10 Oscar, mas que, em minha opinião, é apenas ordinário. É muito enrolado, repetitivo e cansativo. Com exceção de um ou outro musical, a maioria dos números de canto e dança são clichês e não apresentaram nada que pudesse se destacar.

40º. Intriga Internacional (North by Northwest, 1959). Direção de Alfred Hitchcock.

E dá-lhe Hitchcock na lista! Este não é de longe seu melhor filme, porém é um dos mais divertidos. Mesmo com um final exageradamente inocente, possui técnica espantosa e um roteiro divertido e tenso – um suspense e tanto! Toda a seqüência em que Cary Grant é perseguido por um avião, a pé, já faz valer a posição do filme na lista.

39º. Doutor Jivago (Doctor Zhivago, 1965). Direção de David Lean.

David Lean, um dos mestres dos épicos, adaptou para o cinema um drama romântico muito bem desenvolvido e que segue uma linha de tempo bem estruturada, quase perfeita. Isso, aliado às belíssimas paisagens, e ao tema de Lara – canção das mais belas do cinema – fazem deste outro filme inesquecível na lista do AFI.

38º. Pacto de Sangue (Double Idemnity, 1944). Direção de Billy Wilder.

Um dos mais impressionantes suspenses já vistos no cinema! É uma definição totalmente justa, quando Billy Wilder deu uma de Hitchcock e criou um dos grandes filmes noir já lançados. Uma trama das mais elaboradas e um clima de tensão crescente fazem deste um filme inesquecível para quem o assiste.

37º. Os Melhores Anos de Nossas Vidas (The Best Years of Our Lives, 1946). Direção de William Wyler.

Nem bem a Segunda Guerra havia esfriado nos campos de batalha e Wyler já lançou um drama sobre suas conseqüências em cidadãos comuns dos mais perfeitos. Um filme que mostra diferentes situações para três militares que retornam para casa depois de passar anos combatendo – cada um tem agora problemas físicos ou psicológicos que fará com que a alegria do reencontro da família torne-se logo um pesadelo. Atuações brilhantes!

36º. Perdidos na Noite (Midnight Cowboy, 1969). Direção de John Schlesinger.

Lançado em um dos anos mais importantes para a sociedade norte-americana, este filme tem o clima da época. Em uma Nova York cheia de possibilidades, chega um coubói com muitos sonhos, mas logo ele descobre que a sobrevivência na grande cidade vai ser dura, fazendo amizade com um vagabundo local para tentar livrar-se dos problemas. A trilha sonora é marcante e o roteiro é ótimo.

35º. Aconteceu Naquela Noite (It Happened One Night, 1934). Direção de Frank Capra.

Uma divertida comédia romântica de Frank Capra, que exageradamente ganhou os quatro principais Oscar: Filme, Diretor, Ator e Atriz. Em nenhum momento é um filme extraordinário, mas é tão certinho e bem humorado (Clark Gable em uma atuação – mais uma – canastrona) que fica difícil resistir a seu charme.

34º. O Sol é para Todos (To Kill a Mockingbird, 1962). Direção de Robert Mulligan.

Gregory Peck é um dos grandes astros que Hollywood já possuiu. Esta é a sua melhor interpretação, em minha opinião. Isso já justifica a posição do filme na lista. Um filme sobre inocência misturando-se com racismo, uma linda fotografia em preto-e-branco e um roteiro que consegue ser leve e divertido ao tratar desse tema sempre tão conturbado. Obra-prima!

33º. Matar ou Morrer (High Noon, 1952). Direção de Fred Zinnemann.

Uma das grandes injustiças da lista. Matar ou Morrer deveria estar pelo menos algumas posições à frente. É a obra-prima máxima do gênero faroeste. Mistura suspense, ação, aventura e romance de uma maneira perfeita. Para o filme em si ser perfeito, apenas o duelo final deveria ter sido mais excitante. Ainda assim, magnífico!

32º. O Poderoso Chefão – Parte II (The Godfather – Part II). Direção de Francis Ford Coppola.

Uma seqüência que consegue ser melhor que o original, que já é considerado por muitos uma obra-prima. Este é, também para muitos, “O” filme sobre a máfia. Mistura várias gerações da família Corleone, com Robert De Niro e Al Pacino, magníficos, dividindo o elenco com outros atores extremamente talentosos. Coppola firmou-se como um dos melhores diretores americanos já vistos com esse filme, que merece este lugar na lista sem dúvida.

31º. Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977). Direção de Woody Allen.

Entre os trocentos filmes sobre problemas de relacionamento e neurose que Woody Allen já dirigiu, este é um dos que mais se destacam. Não deveria ser tachado como obra-prima como muitos o fazem, é “apenas” uma boa comédia romântico-dramática com boas interpretações e ótimos diálogos. Venceu Melhor Filme no Oscar sobre Star Wars, e por isso hoje é odiado por muitos fãs da série de George Lucas.

30º. O Tesouro de Sierra Madre (The Treasure of Sierra Madre, 1948). Direção de John Huston.

A cobiça dos homens! Esse é o tema de mais uma obra-prima de John Huston. Quem, por mais honesto que seja, resistiria a trapacear seu amigo por uma fortuna fácil nas mãos? Os personagens são complexos, totalmente multi-dimensionais, e o filme torna-se sempre interessante por isso – sabemos que a caçada ao tesouro não terminará bem. Ao lado de O Falcão Maltês, este é o melhor filme do diretor.

29º. A Mulher Faz o Homem (Mr. Smith Goes to Washington, 1939). Direção de Frank Capra.

As posições melhoram e as obras-primas inesquecíveis passam a surgir com mais facilidade. Este é o melhor filme de Frank Capra, o que, acredite, quer dizer muita coisa. O clímax desse filme, com James Stewart combatendo sozinho uma horda de políticos inescrupulosos somente com a força de sua palavra e sua honestidade, é referência certa entre as melhores seqüências que o cinema já viu.

28º. Apocalypse Now (Apocalypse Now, 1979). Direção de Francis Ford Coppola.

E mais uma obra-prima impressionante na lista. Posição injusta, pode-se dizer – deveria estar acima. A cada cena o suspense vai aumentando, conseguirão os soldados encontrar o Coronel Kurtz (um Marlon Brando perfeito), sumido durante a Guerra do Vietnã? À medida que se embrenham mais e mais na floresta, seus relacionamentos vão tornando-se poderosos, e o que eles verão no final da jornada é algo de surpreendente.

27º. Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas (Bonnie and Clyde, 1967). Direção de Arthur Penn.

Um bom filme, mas que está em uma posição estranhamente alta na lista. Há a belíssima fotografia, a ousadia do roteiro em mostrar sem muita censura um casal maluco de assaltantes, um bom relacionamento entre os personagens de Faye Dunaway e Warren Beatty, mas não há um elemento que seja realmente especial dentro do filme. Ainda assim, vale a recomendação.

26º. Dr. Fantástico (Dr. Strangelove, 1964). Direção de Stanley Kubrick.

Uma fantástica sátira à Guerra Fria. Um humor delicioso onde o talentoso Peter Sellers interpreta três dos personagens principais. A fotografia em preto-e-branco é muito boa, e o filme possui diálogos hilariantes e sempre muito interessantes. Stanley Kubrick conseguiu provar que pode dirigir vários gêneros com este filme, merecidamente ocupante de uma das principais posições da lista.

Comentários (0)

Faça login para comentar.