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Barbie

(Barbie, 2023)
6,7
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Sua nota

Críticas

Cineplayers

Admirável mundo velho

7,5

A jornada dos bonecos Barbie (Margot Robbie) e Ken (Ryan Gosling) no mundo real é um caminho de direções opostas, mesmo que os dois estejam se deslocando juntos pelo mesmo lado. Ela está deixando a Barbilândia, uma espécie de utopia feminina ultra rosa em que as bonecas ocupam todos os cargos profissionais na sociedade e se mostram sempre felizes e amigas numa rotina de eterno regozijo e plenitude, rumo ao mundo real como o conhecemos – predominantemente liderado por homens e nem de longe tão colorido, limpo e acolhedor como ela está acostumada. Se para Barbie esse choque de multiversos se revela assustador, para Ken é uma chegada ao paraíso, já que agora ele se sente num ambiente acolhedor e no qual pode exercer um papel mais ativo do que o de mero coadjuvante.

A ideia de Greta Gerwig em Barbie (idem, 2023) é bastante original e criativa. Ainda que não se possa ser ingênuo a ponto de ignorar uma grande propaganda institucional da Mattel (cada piada sobre a corporação é no máximo inofensiva) e sua intenção de se inserir no lucrativo mercado cinematográfico, sua proposta de fazer um filme sobre o provável brinquedo mais famoso do Ocidente é na verdade um pretexto da diretora para questionar as estruturas do patriarcado – muitas delas reforçadas pela própria boneca Barbie, que dialoga há muitas décadas com gerações e gerações de garotas, nem sempre da maneira mais saudável e construtiva.

O dilema está exposto no núcleo da mãe e da filha (vividas por America Ferrera e Ariana Greenblatt, respectivamente) e como cada é afetada pela boneca: enquanto a mais velha a enxerga como um exemplo e incentivo ao empoderamento da mulher no mercado de trabalho (já que outras bonecas incentivavam somente aspirações domésticas e maternais), a mais nova e representante da atual geração vê Barbie como uma opressora imagem de perfeição feminina inalcançável. No fim das contas, cada uma tem um pouco de razão na maneira de interpretar essas influências e o filme de Gerwig acerta justamente por saber abordar os impactos positivos e negativos disso na cultura pop.

Há dois caminhos que a diretora procura trilhar paralelamente aqui: o da sátira, galhofa e humor nonsense e sarcástico, e por outro lado se posicionar contra a opressão do sistema patriarcal que prevalece até hoje nas relações sociais e profissionais. Nem sempre esses dois caminhos conseguem se equilibrar de maneira orgânica, e por vezes Gerwig escorrega em discursos prontos muito didáticos, ainda que relevantes em conteúdo. Mas o saldo é positivo, já que dentro dessa concepção visual plástica tão inspirada e impressionante há graça, fluidez e gags divertidíssimas. Em nenhum momento Barbie se torna um filme feminista militante, professoral, moralista, como muita gente tenta apontar. Pelo contrário, quase o tempo todo está em um ritmo cômico bem cadenciado e leve.

O que talvez esteja de fato incomodando tantas pessoas é aquilo que o filme justamente expõe ao ridículo: um sistema patriarcal composto por egos frágeis que enxergam na igualdade de gêneros uma ameaça. O personagem de Ken, tão bem defendido por um Ryan Gosling inspiradíssimo na comédia, é nada mais que uma caricatura desse homem à moda antiga que não suporta a ideia de estar abaixo de uma mulher em qualquer configuração nas escalas sociais. Por isso talvez, por mais irônico que pareça, Barbie deveria ser assistido especialmente por homens, pois Ken não é tratado apenas como um alívio cômico patético, mas sim como alguém que não soube desenvolver a própria identidade e que viu nas tradições masculinas do patriarcado um modelo a ser seguido – não porque concorda ou porque quer ser assim, mas porque lhe ensinam que sua masculinidade e hombridade estão essencialmente relacionadas a essa ideia de como um homem deve ser/agir para se provar homem.

Já a jornada de Barbie em querer deixar de ser boneca para se tornar uma humana real, plot que ganha enfoque na reta final do filme, nada mais é do que uma alegoria de Gerwig para retratar o caminho que uma mulher deve percorrer para se entender como mulher e encontrar seu próprio espaço no mundo. Como já dizia Simone de Beauvoir, “não se nasce mulher, torna-se mulher”, já que é muito mais difícil para o sexo feminino encontrar seu lugar, autonomia e identidade dentro de um mundo velho, dominado por homens e regido por leis de homens, que raramente lhes dão direitos e oportunidades iguais de desenvolvimento intelectual, emocional, sexual e social. Se quando criança uma garota vive em sua própria Barbielândia e imagina através de suas bonecas um mundo ideal onde ela é dona de sua própria vida, podendo fazer tudo aquilo que sonha fazer, que choque é sair da infância e descobrir que o mundo real não é exatamente cor-de-rosa.

Gerwig passava mensagem semelhante em seu filme anterior, o belo Adoráveis Mulheres (Little Women, 2019) para refletir sobre a luta inerente do sexo feminino por voz e igualdade. Agora, mais lúdica, usa Barbie, a primeira interlocutora de boa parte das garotas mundo afora, para ensinar essas crianças e voltar a falar com as mais velhas, sobre lutar para não abrir mão desse mundo em que mulheres podem ser presidentes, escritoras, astronautas, professoras e, por que não?, também mães e esposas. Se isso incomoda uma parcela das pessoas, que curiosamente não parece tão incomodada assim quando filmes de super-heróis provocam o mesmo frenesi de lotações nas salas de cinema e espectadores vestidos a caráter para prestigiar uma estreia, é reconfortante ver o “efeito-Barbie” que Gerwig provocou mundo afora, reunindo gerações de mulheres em um único sentimento coletivo de nostalgia cor-de-rosa para entrar novamente em contato com as crianças que foram um dia.

Comentários (5)

●•● Yves Lacoste ●•● | terça-feira, 23 de Janeiro de 2024 - 16:56

A galerinha do modismo revoltada com a não indicação da Margot Robbie, credo!!! Ela de fato não era pra tá sendo indicada msm. Por mais q Barbie tenha sido um dos filmes do ano, as outras concorrentes estavam mais a altura pra indicação. Porém, a surpresa ficou pra atriz coadjuvante onde ninguém esperava, ashaushauauauauau...

Walter Prado | terça-feira, 23 de Janeiro de 2024 - 17:56

É, então, realmente. Robbie é uma ótima Barbie, mas não era pra indicação mesmo. Ferrera indicada é uma piada de mau gosto.

Ted Rafael Araujo Nogueira | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 17:14

O excesso de preocupação da galera com esta frescura já diz muito. O engraçado são as figuras propondo o quão é revolucionário o roteiro de Barbie por expor o patriarcado de tal maneira que propositadamente não indicaram o filme em direção e melhor atriz. É uma piada em forma de círculo vicioso.

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 14:36

Oi tudo bem, estou aqui na paz, mas é triste ver a exaltação deste filme pelo seguinte motivo. Mas antes de dizer o motivo de que adianta ser anti-fascista e contra a extrema direita e de alguma forma achar valor neste filme?
Vou explicar. Com todo o respeito.

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 14:37

Agora não é uma confusão de liberal americano querendo ser progressista.
Agora é caso de dois autores(Gerwig e Baumbach) partirem para a extrema-direita, ou seja, para o neoliberalismo, sem livre mercado, com a mão VISÍVEL do colonialismo, da exaltação do método de produção burguês da Mattel através de sweatshops na Ásia e da venda de produtos da sociedade branca perfeita do final dos anos 70 e dos anos 80, ou seja, da era do começo do neoliberalismo para crianças da América Latina saberem o que é ser perfeito.

O filme exalta isso com uma mea culpa. Onde eles(Gerwig e Baumbach) botaram a culpa? Na mercantilização.
Apesar desta tosquice reacionária disfarçada de feminismo para ser esquecida no outro dia de manhã, agora o filme está vendendo bonecos que nem louco! Mas eles não criticaram o mercantilismo e não fazem discursos progressistas? Hahahaha!
Patricinha da calcinha fedorenta, este filme é para você.

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 14:38

Mauricinho que assiste com a namorada todas estas armadilhas, sai desta armadilha, desta jaula, porque ela já está presa.
A Academia a.k.a. Oscar -> no final dos anos 90 eu sabia que ela iria piorar. Touché.

Mais uma vez. Vão ler um livro. Este filme não tem mensagem. Aliás, tem sim, e a mensagem é a seguinte:
"Nós aqui em Hollywood conseguimos de novo. Vocês aplaudem o estrupador que está te estrupando neste momento, enquanto a gente goza fingindo ser socialmente relevante, moderno, nostálgico, pseudo-subversivo, com uma diretoria idiota e o seu Ken emulador de Woody Allen."
Esse filme retrato cuspido do cúmulo da alienação do século XXI.
E se você entendeu, você sabe que não tem guilty pleasure, apenas guilty. Se você gosta você é idiota, ponto final e acabou. Globo de Ouro e Oscar é só a maquina que te diz o que tu deve chupar dentre as pirocas que ele está vendendo, em um filme que se diz feminista.

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 14:42

As pessoas que se dizem anti-fascistas e preocupadas com um cinema socialmente dialético, deveriam desprezar este filme. Mas a cultura-pop é burra e corporativista hoje em dia. Então quem defende este filme tem muito mais à ver com Bolsonaro e o mercado da ignorância, do que com a dialética materialista e a arte.
Esqueçam Brecht, não é mesmo?
Marx já foi esquecido pelo jeito, e mesmo assim tem gente idiota que chama isso de neo-marxismo. Nada com dialética. Nem faz sentido. Isso é a comercialização e industrialização do pensamento de esquerda/burguês de intelectuais franceses pós-68(a maioria anti-marx, inclusive Foucault), ou seja, um suicídio do progressismo de verdade.

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 14:44

Ou seja, a extrema-direita vai voltar com o discurso que é contra o Politicamente Correto, e vai vencer por culpa deste tipo de opinião favorecendo estes artefatos hollywoodianos. Eu não quero isso, mas....sou pragmático. Cada vez mais.

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 15:08

Sabe, eu acho que em um caso extremo da situação que a gente vive, onde no ano passado ganhou o Oscar um filme que celebra um homem de 40/50 anos agindo como um zoomer de 17 anos, em uma sociedade que não pode ter aquele tipo de fragilidade e de auto-ajuda.
Política é estética.
As pessoas tem que desistir de ver filmes apenas pela cinefilia e pela catarse, estudar mais outras áreas do conhecimento, principalmente se é progressista.
A truculência da extrema-direita se expressa de dois modos: não dando a mínima para a teoria, ou criando este tipo de exaltação do hiper-consumo e do materialismo(mesmo fingindo que não), dando às mãos a "Oppenheimer", uma exaltação ao intelecto da bomba sem nenhum aprofundamento dialético.
Está na hora de largar de mão de ser cool e gostar de um filme porque ele representa algo pop. Tá na hora de crescer e lutar contra os inimigos, não abraçá-los.

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 15:11

O cinema mainstream americano, inclusive em filmes que se dizem progressistas, hoje é o maior exemplo da confusão ideológica e do neoliberalismo americano nos comprando mais uma vez. Só que agora ele não nos compra através de propagandas de bonecos, ele nos compra fingindo subverter a própria cultura neo-liberal que surgiu com Barbie, Mattel , Apple, McCarthysmo,etc...
E a gente continua aceitando e comprando, infelizmente nada mudou, voltou uma Era Reagan piorada, mas sempre com uma mea culpa na manga. E vocês caem?

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 15:42

E quem acha que este filme tem estética e bom uso da misé-èn-scéne...olha, diz que não é bom ter pena dos outros, então eu só lamento.
Vou repetir, desde a insipidez da virada do milênio ao trumpismo, todo o filme americano neoliberal que se diz progressista, vai defender o neoliberalismo americano. Repito: estética é a política no cinema, e ela tem que estar arraigada na dialética. O que vocês são afinal, politicamente? Porque, afinal, esta ambiguidade sobre o conhecimento do significado político na arte me faz ter medo das próximas eleições. Vocês são da galera do comunismo revolução via-Twitch. Estes comunistas de youyube que vão no Cauê Moura gostam de MCU! Como um comunista pode virar para mim e dizer que gosta de cultura-pop, não a popular, mas a corporativista(marvel/dc,séries,streamings)? Eles não são comunistas! E estes filmes americanos não são progressistas, quando os Republicanos aparecem demais como Trump, o cinema dos Democratas se disfarça de progressista nos USA. Sempre

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 15:45

E quando os Democratas aparecem com seus filmes eles vendem para nós.
Eu sou à favor da dialética materialista como método de análise cinematográfica via Brecht, mesmo não me considerando um comunista, mas de certa forma muito mais comunista do que estes fãs de Spider-Man e Jovem Nerd.
Este tipo de análise é a única análise dialética marxista possível.
O resto que se recusa a fazer este tipo de análise, engole o lixo neo-liberal anti-dialético, acha divertido, faz campanha contra o Bolsonaro e se diz "de esquerda", mas como crítico de arte, joga o jogo do inimigo.

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 15:47

Desculpa o texto longo,mas é urgente que vocês saiam da zona de conforto. Estão em uma espécie de caverna platônica mesmo depois de 4 anos chorando por causa do Bozo.

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 15:54

Eu gostaria de colocar meu link para o meu perfil no Letterboxd:
https://letterboxd.com/Carlos_Mendez/

Para quem deseja este tipo de análise mais politicamente lúcida e coerente. Espero que os moderadores não se importem.
Não se preocupem com adjetivações no meu texto como "idiotas", "alienados", etc...eu fiz um cntrl c + v no meu texto do Letter e eles costumam ser agressivos porque são vômitos de angústia, não necessariamente textos. Mas possuem uma seriedade analítica em sua brevidade. Estes adjetivos não foram dirigidos a ninguém aqui deste site, aonde eu tive bons momentos. E com quem eu briguei no passado: faz tempo, desculpas, eu errei.

Ted Rafael Araujo Nogueira | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 17:38

Esse material nada mais é do que um projetinho neoliberal pra vender uma mentalidade envernizada pelo alcance das vendas de bonecas. É mais um produtinho fresco e canalha. É engraçado quando apontam uma reberdia nesse filme. Que diabo de rebeldia é essa? O que esse filme fez pra moduar o status quo de qualquer coisa além de apontar questões já conhecidas? Se veste de uma suposta sofisticação crítica (porra nenhuma) pra se vender como se radical fosse. Mas é filtrado pelas gigantes Mattel e Warner. O produto da frescura é manobrado pelo capital. E parto do pressuposto aqui do específico vinculado a este filme, afinal da Greta só assisti a esta porcaria e do Baumbach aquela bosta de História de um Casamente. O que é muito pouco pra julgar o trabalho iunteiro dos dois - mas o suficiente pra não ir mais atrás de material nenhuma deles, afinal existe uma muldidão de filmes trashs de qualidade pra assistir e ver material desses dois pode denotar uma puta perda de tempo.

Ted Rafael Araujo Nogueira | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 17:38

Meti "o quase não conheço, mas é uma bosta mesmo assim".

Bater palmas demais pra este tipo de material é estar envernizado por uma goma que cobre a superfície do pensamento. Uma goma de cor rosa, mas apodrecida de merda internamente.

Ted Rafael Araujo Nogueira | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 17:47

O truque não é detestar o cinema neoliberal estadunidense enquanto na prática servir ao outro lado - e o contrário quando acontece, como faz? Somos compelidos a gostar desse tipo de material por conta de uma colonização cultural imposta a muito tempo, e para muitos se livrar disso é um suplício (quando assim o querem). E não estou afirmando aqui que mesmo da fétida lógica neoliberal mercantilista não tenha material de qualidade (ou pelo menos elementos dessa), o truque é partir da percepção crítica acerca desse material. Principalmente de quem se dispõe a ler sobre cinema. Enfim. Quem quer só divertir e desligar o cérebro (essa exp0ressão é uma merda), eu indico vários filmes bagaceiros divertidos.

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 18:03

Eu não quero ser paternalista, mas se algo é empurrado pelo mainstream para o povo e exaltado por toda a cultura nerd da internet, tu sabe que são só os críticos que são capazes de fazer uma análise crítica de um produto vindo do neo-liberalismo.
O povo é obrigado a engolir porque a mídia diz para engolir. Porque o Oscar diz para engolir. Porque estes pseudo críticos do Entreplanos, Rapaduracast, Sadowski, Boscov,Tuoto,etc... que são mais consumidores resenhistas do que críticos e ensinam como não analisar um filme, simplesmente dizem o porque gostaram ou não, dizem para engulir.

E eles acabam por engolir.

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 18:08

E tu não perde nada com a fimografia doi Baumbach e da Gerwig. Ele quer ser uma autor mas não sabe se é Wes Anderson(que não faz mais filme que ele quer, mas o que o público quer, o que é o pior que o autorismo pode entregar, a submissão do próprio artista ao fan-service de um pseudo estilo-autoral), Woody Allen, ou Ashby.
Quanto a sua esposa é o exemplo maior da dependência do marido: ela também quer ser autora mas também não tem visão própria, inclusive copia o marido, ou escreve junto com ele.
Dois desperdícios.
Nada de inteligente. Nada de original.

Ted Rafael Araujo Nogueira | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 19:49

O público engole porque é isto que a indústria cultural quer que façamos - no caso Brasil soma-se à colonização cultural norte-americana com o que temos que consumir. Inclusive isso reflete nas opções que são colocadas nos cinemas, com filmes a abarcarem 85-90% das salas por aqui, onde otários chamam isso de livre mercado, quando na verdade é um monopólio cultural de massa.

Ted Rafael Araujo Nogueira | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 19:52

A maioria dessa galera é resenhista mesmo. E análise cultural e de conjuntura dos aspectos que antecedem o filme e que permitem que ele assim exista, são inexistentes. São comentaristas cheios de tesão pela cultura pop. Procura uma resenha dessa turma de algum filme brasileiro. São caça-likes em sua maioria. Nada contra quem quer pagar suas contas assim, do mesmo jeito que a minha abertura pra esculhambá-los é irrestrita.

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 20:08

Putz...to de pé aplaudindo. Afinal to cansado de debater, tendinite final de sábado. Tenho que beber. É bom só ler algo decente, repito...DECENTE!

carlos eduardo mendes | sábado, 27 de Janeiro de 2024 - 20:11

Parabéns.
Voltarei para ler teus textos e o dos outros. Reclamar. E conversar mais sobre métodos de análise. Para deselitizar, é necessário conhecer a elite.

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