Saltar para o conteúdo

Críticas

Cineplayers

Comédia boba, onde a melhor atuação é do canguru, um personagem computadorizado.

4,0

Hoje em dia, a safra de comédias que está pintando no mercado cinematográfico tende a seguir a mesma linha: cenas sem sentido nenhum, onde o telespectador é brindado com situações em que o personagem se vê em meio a tropeços, berros e coisas o atingindo; roteiro sem nenhuma lógica (sendo que se você vier a dormir no meio do filme, poderá entendê-lo perfeitamente pegando somente o final); e o que mais me preocupa: sempre as mesmas piadas que são contadas frame por frame e o público ainda não conseguiu se tocar disso. Poucas comédias são exceção a essa regra, o que não posso dizer de Canguru Jack. O filme não consegue divertir em sequer um momento de toda a sua projeção (isso quer dizer que nem mesmo com 89 minutos, ele se salva em alguma parte).

Partimos um pouco para o enredo. Logo no início, somos apresentados aos personagens principais da “trama”: Charlie Carbone (Jerry O´Connell), filho adotivo do Gângster Sal Magio (vivido pelo sem expressão Christopher Walken) e seu amigo do Brooklin, Louis Booker (Anthony Anderson) – que na versão dublada, a qual eu assisti, ele parecia ter mais saído de uma rua no Rio de Janeiro, devido ao seu sotaque com o “s” puxado para o “x” (vide cena em que ele diz à mocinha da história que já bebeu “piorex”).

Após eles estragarem uma entrega de televisões roubadas e, quase acabarem com Sal, os dois são incumbidos de uma missão para levar um envelope (mal fechado por sinal) contendo 50 mil dólares para um receptor na Austrália. Lá chegando, eles atropelam um canguru e então resolvem tirar umas fotos dele. Nisso, Louis Booker, que tem uma jaqueta da “sorte”, decide colocá-la no animal, para que a coisa fique mais divertida. Mas inesperadamente, o canguru ressuscita e sai pulando embora.  Mas o que eles não contavam é que o envelope com o dinheiro estava no bolso da jaqueta.

A partir daí é que a aventura dos dois amigos começa. Mesclando cenas que não acrescentam nada ao enredo, cenários feitos através de fundo verde e um romance um pouco que forçado para a trama (entre O´Connel e a bela mocinha vivida por Estella Warren), o filme tende a agradar somente as crianças que estão de férias, torcendo para que as aulas que as aulas demorem a começar. 

O filme é tão despreocupado com o público que tem, que logo no início da viagem para a Austrália, um personagem indaga ao outro quanto tempo ainda resta de viagem. Esse então responde que tem pela frente 14 horas. Passa-se meio filme e outro capanga de Sal Magio vai atrás dos dois e chega em menos de duas horas ao local, sendo que ele também viajou de avião. A fita ainda guarda uma surpresa para o fim, quando descobrimos que a jaqueta de Louis é mesmo da sorte, pois salvou a vida de ambos. Para não dizer que o filme é totalmente ruim, a atuação de Jack (o canguru) principalmente na cena em que ele canta durante um delírio de Charlie é digna de reconhecimento.

Também não quero que você leitor se ligue somente na minha avaliação para deixar de ver mais essa fita, pois estou somente dando a minha visão sobre como a comédia e também outros gêneros (como o terror) estão entrando em declínio com a falta de uma reciclagem. Tirando isso, espero que, se você optar por ver Canguru Jack, não espere muito, e também não xingue o dono da vídeo-locadora por lhe oferecer o filme dizendo que é ótimo, pois este é seu trabalho

Comentários (1)

Rosana Botafogo | domingo, 09 de Junho de 2013 - 10:41

"Comédia boba, onde a melhor atuação é do canguru, um personagem computadorizado." #Fato

Faça login para comentar.