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Críticas

Cineplayers

Apenas para os fãs de artes marciais, não é um dos melhores filmes de Jet Li, mas consegue ser divertido ainda assim.

5,5

Bem, vou avisar logo que quem não gosta de filme de luta nem deve arriscar, pra variar o roteiro e as atuações são tão fracos quanto qualquer um dos filmes ocidentais anteriores do mestre Li, mas pra quem gosta isso não importa muito, não é mesmo? Admito que gostei mais de “Kiss of Dragon” a esse The One, pelo simples fato de que haviam mais lutas e elas davam mais oportunidade para o Jet Li exibir sua habilidade na pancadaria, em The One as lutas dependem muito de efeitos especiais e apenas a luta final é realmente empolgante.

A idéia por trás do filme mistura vários elementos, existem universos paralelos e em cada um deles temos os mesmos planetas e as mesmas pessoas, mas com diferenças. Em um você pode ser um cantor, em outro você pode ser um lixeiro, alguns são mais atrasados tecnologicamente e outros estão muitos anos à frente, num desses, se descobriu uma maneira de viajar entre os universos e um inescrupuloso agente vivido por Jet Li, descobre que se eliminar os seus “alter-egos” de outros universos a energia liberada é distribuída entre os egos restantes, eliminando todos ele se tornaria muito superior aos outros seres e as conseqüências disso seriam imprevisíveis.

Daí o filme constrói tudo para a batalha final Jet Li 'do mal' vs Jet Li 'do bem', o do mal é perseguido por uma espécie de polícia interdimensional que elimina qualquer um no seu caminho no melhor estilo Terminator, a polícia local acaba confundindo o ‘do bem’ com o assassino.

Mas o filme é bem curto, deve ter menos de uma hora e meia por que as lutas são tecnicamente complicadas, quando acontecem envolvem efeitos estilo bullet-time e acabam em segundos, somente no final Jet Li pode explorar sua técnica. Li estudou dois estilos de Kung-Fu distintos para cada personagem, como o do mal procurava o que ele mesmo chama de "ordem no caos", onde eliminando os egos ele se tornaria perfeito, Li estudou (também) a técnica da linha reta e para o do bem, que vivia perdido até encontrar seu centro de equilíbrio, que no filme ele considerava ser a sua esposa, Li estudou a técnica do círculo. Vê-lo executando as duas no final é a melhor parte do filme.

Infelizmente os efeitos são irregulares, em algumas partes é tão “fake” que chega a ser engraçado, o melhor mesmo fica para o final. No “making-of” vi que ele lutava com um dublê que usava uma máscara verde e depois substituíam pela cara do dublê digitalmente pela dele, ficou perfeito.

Finalizando, The One é divertido, mas eu esperava mais, pelo menos das lutas. Por esse motivo, acabei gostando mais de ‘Kiss of Dragoon’.

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