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Críticas

Cineplayers

O diretor de Oldboy aposta em algo completamente diferente.

6,5

Após concluir sua trilogia da vingança, cujo episódio OldBoy o projetou internacionalmente, o diretor Coreano Park Chan-Wook decidiu arriscar-se numa outra direção com I'm  A Cyborg But That's Ok ("Sou uma ciborgue, mas tudo bem" numa tradução livre), uma comédia romântica cujo par central é formado por um casal de internos de um hospital psiquiátrico.

O filme em teoria não possui um enredo, acompanhamos a frágil Young-Soon em seu dia a dia no sanatório onde cada paciente possui uma particularidade, a dela é pensar que é um ciborgue assassino esperando o momento de realizar sua missão, logo é notada por um rapaz que acredita ser capaz de roubar as características das pessoas e os dois vão se envolvendo.

Park cria uma dinâmica curiosa entre os pacientes, e boa parte do filme se dedica a esses relacionamentos, os atores devem ter se divertido um bocado pois tudo parece uma grande brincadeira que rende algumas cenas divertidas e imaginativas, cortadas pela triste realidade de tempos em tempos. Há de se dizer que o filme tem um tom quase infantil e como é protagonizado pelos loucos, pode ser desconcertante acompanhar sua lógica, mas se deixar envolver pela suas bizarrices acaba por revelar um filme romântico original.

Uma má notícia aos fãs de Park, que esperam dele mais das emoções viscerais da sua Trilogia da Vingança, é que esse filme não poderia ser mais diferente. Pode-se achar alguma coisa do humor de Park nas cenas da prisão em Lady Vingança ou no seu curta do projeto Three... Extremes, mas esse é um filme doce e de poucas ambições, apesar de Park ainda estar afiado em seus movimentos de câmera e uso criativo de cores, efeitos e montagem, pode decepcionar os que esperavam dele algo maior ou intenso.

Apesar de possuir méritos, quando você sai do cinema parece ter passado por uma experiência interessante mas .ultimamente insatisfatória, que não deixa uma impressão duradoura, mesmo mostrando ao espectador um mundo que ele nunca viu antes.

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