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Críticas

Cineplayers

Cronenberg e seu elenco brilhante explodem Hollywood nessa zoação inteligente.

7,5

David Cronenberg é um diretor que não cansa de surpreender; ainda bem. Seu filme anterior, o extraordinário Cosmopolis, não foi necessariamente entendido ou bem recebido, mas isso é uma constante na obra do canadense. Depois de um período fazendo filmes de apelo um pouco mais abrangente, esse novo se junta ao anterior e provoca estranheza a primeira vista. E infinitas gargalhadas durante ele inteiro; na verdade eu não fazia ideia de que Cronenberg pudesse ser tão divertido, mesmo que o humor seja ácido e bem negro. Ainda assim qualidade dos diálogos e a forma naturalmente escrachada com que cada integrante do elenco os pronuncia faz metade da graça do todo.

A outra metade de deve ao entrosamento de um elenco coeso e repleto de ousadia. Robert Pattinson, John Cusack, Mia Wasikowska, e os quilos de coadjuvantes estão muito bem, mas a verdade é que o trio Julianne Moore, Olívia Williams e o novato Evan Bird dominam a cena, em particular Moore e Bird que parecem ter a mesma estatura em talento e experiência. No universo aprodecido que o canadense resolveu pintar sobre Hollywood, não sobre pedra sobre pedra, nem sobre atores, ou agentes, ou gurus, ou novatas, ou crianças prodígio... sobre nada. Apesar de não contracenar em cena alguma, tanto Moore quanto Bird transformam o filme num acontecimento.

Porque? Por que faltou maior pujança a Cronenberg, que parece se esconder atrás desse elenco e dos diálogos afiados e só mostra serviço aqui e ali, no mais parece que o cineasta apenas queria se divertir e atirar na meca do cinema, e não faltaram tiros. Um dos filmes mais badalados do Festival de Cannes desse ano, o novo longa do grande David Cronenberg saiu da festa com um surpreendente prêmio de melhor atriz para a estrela Julianne Moore. Sendo meu primeiro filme da competição a assistir, posso opinar pouco sobre a validade desse resultado, mas sobre a imensa diversão que nunca imaginei que esse cara pudesse provocar, isso eu posso. E sobra diversão ali, pra onde se olha.

Comentários (10)

Carlos Dantas | sexta-feira, 26 de Setembro de 2014 - 19:01

Esse Rodrigo Giulianno não dá uma dentro, puta merda. Bicho, o Carbone está cobrindo o Festival do Rio assistindo a uma porrada de filmes por dia, e ainda consegue tirar um tempinho pra passar as impressões do que tá rolando de melhor no festival, e obviamente, escrever uma crítica grande e detalhada é quase humanamente impossível, e esse boçal do Rodrigo ainda chega aqui ruminando um "crítica porca pra cacete! Deleta!"

Larga a mão de ser burro e ignorante, bicho. Tenta compreender o que se passa num festival e valoriza o trabalho dos caras.

Rodrigo Giulianno | sexta-feira, 26 de Setembro de 2014 - 21:49

Quem é esse animal chamado Carlos Dantas?
É claro que eu valorizo o trabalho dos caras...mas provavelmente será a única crítica deste filme...
Eu posso até me retratar...se outra outra for escrita...mas esta é medíocre sim!

Daniel Dalpizzolo | sexta-feira, 26 de Setembro de 2014 - 22:34

não será a única escrita sobre o filme, rodrigo. e mesmo que fosse, como disse o carlos, escrever em um festival como o do rio é um exercício que reflete algumas escolhas. é impossível se aprofundar sobre todos os filmes vistos, e a proposta que o francisco defende, neste caso, é a de passar breves impressões sobre os filmes, rápidas o suficiente pra que elas possam auxiliar outros cinéfilos a optar por um ou outro filme da imensa grade de programação diária do festival.

Lucas Nunes | sexta-feira, 20 de Março de 2015 - 17:47

Esse Rodrigo Giulianno não dá uma dentro, puta merda.[2]

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