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Críticas

Cineplayers

Enlatando um sucesso

3,5

Estreando em 2013 no canal Nickelodeon, a série canadense Patrulha Canina já soma 6 temporadas e mais de 100 episódios, sendo uma verdadeira sensação entre crianças pequenas. Criada por Keith Chapman, também responsável pelo sucesso Bob, o Construtor (no ar entre 1998 e 2011), a matilha falante liderada pelo inteligente Rayder chega agora aos cinemas com a rendição às franquias de super-heróis Patrulha Canina - Super Filhotes.

O filme na verdade é um compilado de um episódio maior e duas histórias menores, contado em capítulos na versão brasileira pelos astros infantis Lorena Queiroz, da última versão de Carinha de Anjo e Pedro Miranda, ex-The Voice Kids. No primeiro episódio, “Super Filhotes”, o arrogante prefeito conspira com o seu sobrinho mandar um foguete para a lua. Ejetado sem querer, o foguete acerta um meteoro que cai na terra e acaba dando poderes para os cachorros e também para o sobrinho, que se torna então o principal vilão da história.

Descontando a óbvia simplicidade pretendida para jovens mentes ainda em formação, onde o foco é mais em cores e sons e menos em complexidade textual, o filme carece de maior acabamento. As imagens frequentemente não tem qualquer textura renderizada e os movimentos de câmera são engasgados e confusos por conta do baixo framerate, o que junto com um roteiro extremamente redundante, com bastantes piadas marcadas e repetidas, faz pensar que os quarenta minutos do episódio vão além do que seria necessário para contar a história.

Os outros dois episódios, sobre um monstro atacando pessoas em um pântano e um observatório sequestrado pelo prefeito-vilão e seus gatos malignos seguem basicamente a mesma linha, o que faz questionar o lançamento da obra enquanto filme de cinema. Mas enfim, as crianças não parecem se incomodar tanto com a simplicidade quase rústica da obra e (geralmente) prestam atenção nas histórias básicas com lições de moral. Mas é difícil, realmente, avaliar um compilado aleatório, que emenda pausas para comerciais, vinhetas tocadas a cada nova história iniciada, como obra única e não como uma tentativa de distribuir o mesmo produto em outro formato. Divertidinho para o público-alvo, um tanto incoerente para os pais e responsáveis.

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