Saltar para o conteúdo

Críticas

Cineplayers

Filme não empolga com cenas de ação ultrapassadas e tema político mal desenvolvido.

4,0

Mais uma aventura bem movimentada invade os cinemas. Desta vez passa-se na África, no pobre país Mali. Nosso protagonista é Matthew McConaughey, que faz dupla com Steve Zahn, que formam o trio com Penélope Cruz. O filme traz uma conotação política ao mesmo tempo em que não passa de mais um trabalho que serve como diversão incrivelmente descompromissada. Sinceramente, é mais do mesmo e que é igual ao de sempre.

Uma epidemia misteriosa assola o noroeste africano. Em um país desolado pela falta de estrutura política, onde um ditador tomou o poder, capitalistas querem faturar, mas para isso acabam gerando poluição que, absorvida pelo solo para dentro de um rio, pode acabar espalhando-se para o Atlântico, trazendo perigo de contaminação mundial (e, pasmem, é só por isso que os Estados Unidos intercedem pela situação). Ao mesmo tempo, temos Dirk Pitt (McConaughey) e Al Giordino (Steve Zahn), dois caçadores de relíquias que trabalham para Jim (o sempre ótimo William H. Macy). Os dois estão atrás de um encouraçado da época da Guerra Civil norte-americana que, de algum modo, foi parar no meio do deserto do Saara.

Enfim, os caminhos dos dois e da doutora Eva Rojas (Penélope Cruz, sempre com seu inglês horrível e suas atuações medíocres), responsável pelo estudo das causas específicas da epidemia que se iniciou em Mali por causa da poluição, acabam cruzando-se (no final, obviamente, ambos acabarão juntinhos numa praia linda - ou não, mas provavelmente sim). O filme até tenta, como já foi comentado, lidar com um teor político, mostrar o Terceiro Mundo (que de acordo com os livros de Geografia não existe há uns 10 anos, o termo correto seria "países subdesenvolvidos") de forma crua e dar um puxão de orelha nos países ricos, fazendo subentender que estes estão pouco ligando para os pobres.

Toda a parte política é subdesenvolvida. O que valeria mesmo são as cenas de ação e as piadinhas soltadas pela dupla de protagonistas. Dupla essa que, infelizmente, não combinou. Ambos são ótimos atores para comédia, mas em nenhuma cena de Sahara há um momento sequer que diga que essa é uma dupla realmente entrosada. As tentativas de piadas são inúmeras, mas todas elas já mais do que vistas trocentas outras vezes.

O melhor mesmo é o climão Lawrence da Arábia que toda a parte do deserto presente no filme traz. As cenas de ação são exageradas demais. Para alguns filmes, isso funciona (como no recente xXx: Estado de Emergência), em outros dificilmente fica interessante. No caso de Sahara, ação mais plausível teria ficado muito melhor, principalmente porque o filme quis encaixar um tema mais político em seu roteiro. Efeitos especiais apenas regulares, atores coadjuvantes medíocres ao máximo, etc., etc., etc... Enfim, não vejo porque continuar com esse artigo. Finalizo, então, de forma seca, dizendo que não recomendo o filme.

Comentários (0)

Faça login para comentar.