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Críticas

Cineplayers

Refilmagem número 1000 de Hollywood (10000?) agrada por ser despretensiosa e divertida, mesmo com limitações óbvias.

6,0

Refilmagem de um trabalho homônimo dos anos 1970, a Disney colocava no ar, em 2003, mais um filme de "troca de corpos", agora com uma nova geração de atores e, principalmente, com a nova estrelinha de Hollywood, Lindsay Lohan. Já fizeram filmes onde bichos trocam de mente com homens, marido com esposa, e este aqui é sobre a mente de uma mãe desinteressada que passa a viver no corpo de uma filha rebelde. Há, claro, variações, como uma criança que da noite pro dia vive sua vida adulta (Quero Ser Grande, De Repente 30) e afins. Enfim, um monte de reciclagem sob um mesmo tema. Algumas são engraçadinhas, outras são aborrecidas, outras são descaradamente imbecis. E esta variação aqui?

Sexta-Feira Muito Louca é da Disney. Disney é sinônimo de falta de originalidade. Ok, esqueçamos a originalidade. Você começa assistindo o filme JÁ sabendo o que vai encontrar e JÁ conhecendo o final do filme. Já pode, sem nem ler a sinopse, imaginar no mínimo meia dúzia de situações que irão ocorrer entre mãe e filha durante o filme. Se você imaginar tudo isso e entender que são limitações intransponíveis do filme - pasmem! - ele não é de todo mau. Seria uma redundância enorme repetir que o filme é clichê, que as situações são engraçadinhas, blá blá blá.

Lindsay Lohan ainda não é talentosa, mas é mui bela e, com o tempo, pode realmente se tornar uma estrela. Jamie Lee Curtis obviamente fez o filme pela diversão (o ca$h também, claro, até porque sua carreira é irregular pela inevitável chegada da idade). Os atores coadjuvantes estão lá para suportar as duas atrizes - o futuro marido da mãe, detestado pela filha; o irmãozinho destemperado (aliás, um papel simpático e divertido, e olha que normalmente há poucas crianças que não irritam em filmes cômicos); as amigas do colegial patricinhas. Os clichês estão lá para agradar ao público - superação ao final, não sem antes passar por muitas brigas e discussões entre mãe e filha. E, como já foi dito, há vários momentos simplesmente divertidos - piadas, em sua maioria, de bom gosto.

Esse pacote "mais Hollywood impossível" é um filme extremamente artificial, sem nada de novo. Mas foi produzido com bastante qualidade e um elenco bacana, embora de forma alguma especial. Uma boa trilha sonora complementa e dá um acabamento de qualidade a uma fórmula cansada mas que sempre tem seu público, o que quer dizer: espere um novo remake do tema em 10 anos. O filme fez um sucesso muito bom e é uma alternativa de muito mais qualidade (técnica e artística) do que o horrendo Se Eu Fosse Você, filme nacional também sobre troca de corpos que tenta ser um filme norte-americano, mas só causa constrangimento. Recomendado para Sessão da Tarde.

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