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Críticas

Cineplayers

Além de não ser nada original, o filme é absolutamente sem graça. Apesar de Steve Carrell, o longa é dispensável.

2,0

Todo Poderoso, lançado em 2003, é estrelado pelo magnífico ator Jim Carrey. Mesmo com a figura do ator, o filme não conseguiu ser bom, mas, mesmo assim, investiu-se milhões em uma continuação. Vale lembrar que esta é a comédia mais cara já feita por Hollywood. Em A Volta do Todo Poderoso, sai Carrey e entra outro grande comediante, Seteve Carell. Se não fosse a presença do ator de Pequena Miss Sunshine, esse segundo filme seria uma catástrofe completa. Porém, felizmente, a produção consegue ser apenas ruim. Não à toa, fracassou nas bilheterias norte-americanas.

Depois de ser eleito para o congresso promentendo mudar o mundo, Evan Baxter (Carrell) resolve pedir a Deus que o ajude nessa difícil missão. Porém, para sua surpresa, Ele já tinha uma grande tarefa reservada para o novo deputado. Construir uma arca igual a de Noé, para salvar sua família, amigos e animais de uma inundação iminente. Deus começa a enviar, aos poucos, para a casa de Evan, materiais de construção e pedaços de madeira. À medida que começa a construir a arca, com a ajuda de seus três filhos, animais começam a aparecer pelo caminho de Evan.

Para ser sincero, tudo é muito constrangedor em A Volta do Todo Poderoso. As piadas não funcionam, até porque o humor é de péssimo nível. São realmente duas ou três cenas capazes de arrancar uma risada tímida do espectador. Ou seja, como comédia, o filme é um fiasco. As passagens são absurdamente inverossímeis. Situações parecem sempre forçadas, principalmente quando o personagem de Carell começa a virar, literalmente, Noé. O que salva o longa de ser uma baboseira sem tamanho é mesmo Steve Carell e Morgan Freeman, intérprete de Deus. De resto, não há muito o que aproveitar. A não ser que você seja daqueles que conseguem se divertir com cenas absurdamente sem graça, como aquelas em que pássaros aparecem defecando na cara de pessoas.

A Volta do Todo Poderoso gira em torno da questão do preço da felicidade. O que vale a pena na busca para ser feliz, qual o valor da família, da união. Essas coisas. E traz mensagens não menos interessantes, como a importânica de proteger a natureza. Deve-se pensar no bem-estar geral, e não apenas focar no lucro que determinadas ações, prejudiciais ao meio-ambiente, podem gerar. O filme faz, também, sua leve crítica ao sonho americano. Evan quer tudo do bom e do melhor, quer possuir coisas grandiosas. Ele tem um grande carro, uma casa gigante, um emprego de visibilidade. Mas se esqueceu de pesar as conseqüências de suas escolhas. Bem intencionado, o longa só não conseguiu transpor suas idéias, do papel para as telas, de maneira interessante. 

Por se tratar de uma seqüência, a produção já não conta com a originalidade do primeiro. Não é mais novidade o aparecimento de Deus. Apesar de as piadas sobre esse assunto serem infindáveis, não parece ter havido muita criatividade na hora de elaborar piadas com a figura divina. O único momento mais interessante é quando Deus faz o juramento na posse dos deputados, e, em vez de prometer servir a Deus, jura servir a Ele mesmo. Fora isso, nada de interessante. As coincidências com o número 614, em referência a passagem biblíca Gênesis 6:14, por exemplo, não convencem. Sem dúvida, os roteiristas escreveram errado, por linhas extremamente tortas. Dispensável.

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