Presságio
Partindo de uma premissa que desperta curiosidade, Presságio se mostra um bom e dinâmico filme que, ainda assim, possui defeitos.
Dirigido por Alex Proyas, a trama gira do astro físico John Koestler (Nicolas Cage) cujo filho, após a abertura de uma cápsula com objetos colocados ali 50 anos antes, recebe um papel com vários números. Depois de uma serie de análises, John percebe que, no papel, estão descritas as datas de grandes tragédias ocorridas e o número de pessoas mortas em cada acontecimento até alguns dias no futuro. Sendo assim, a personagem de Cage inicia uma corrida contra o tempo na tentativa de evitar as catástrofes previstas e proteger o seu filho.
Alex Proyas se mostra eficiente tanto na construção das visualmente belas cenas de catástrofe, quanto no desenvolvimento de uma história repleta de simbolismos e de forma a prender completamente a atenção do espectador. Entretanto, o diretor desliza nos momentos em que se predomina o suspense: situações cujo nível de tensão seria muito alto são quase amenizadas pela falta de alguns elementos quase essenciais do suspense que diretores como, por exemplo, David Fincher tem total domínio.
Já Nicolas Cage é merecedor de um estudo a parte. Não podemos dizer que o ator sai da atual “pieguice” com que vinha fazendo seus últimos filmes: com voz serena de professor e olhar hermético, calmo e analista. No entanto, é inegável que sua interpretação é totalmente plausível no filme e, até, consegue aumentar o mistério por traz de toda a trama.
Presságio serve como bom entretenimento, ainda que sem muita profundidade. A aura misteriosa e instigante trama regida de forma eficiente por Alex Proyas valem o ingresso para o mais novo filme de Nicolas Cage.
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