Um filme épico em seus dois sentidos: no gênero e pela forma como marcou o cinema.
Maximus(Russel Crowe) foi o general romano que derrotou impiedosamente os bárbaros nos campos de batalha. Por isso, tem a suprema confiança do Imperador Marcus Aurelius(Richard Harris), que deseja lhe passar o trono, visto que seu reinado está próximo do fim. Esse fato causa ira em seu filho Commodus(Joaquin Phoenix), julgado por seu pai fraco demais para elevada posição. Tudo isso faz com que Commodus tome uma atitude tresloucada atrás da outra, a primeira delas foi assassinar o pai e logo depois pedir o respeito de Maximus, que o negou e foi condenado a morte. Além de fazer mal a família do até então general.
Após escapar da morte, o general se tornou escravo e depois gladiador, apelidado de "espanhol", ganhou a confiança de todos ao seu redor, inclusive a da população romana, mas sua vida só faz sentido mesmo porque busca vingança contra Commodus, o novo imperador.
Furos históricos á parte, a intenção do diretor não foi produzir um filme baseado em acontecimentos reais, mas sim realizar um drama comovente dentro de um roteiro que foca na busca pela vingança contra um mal-feitor. E nisso ele se saiu muito bem.
A reconstituição da época foi excelente, o figurino nos fez sim remeter a ideia de que estamos na Roma Antiga, as roupas dos gladiadores, do imperador e dos personagens que os cercam foram muito bem feitas, não á toa levou um Oscar mais que merecido.
O que dizer dos efeitos especiais, muito bem explorados no longa, o realismo das cenas em que sangues são jorrados e o gladiador Maximus corta a cabeça de um dos oponentes. Mas principalmente pela reconstituição do Coliseu feita em Marrocos, foi como se tivessem completado o resto do gigante em Roma só para as filmagens.
Pode-se afirmar com segurança que Russel Crowe viveu o seu maior momento na carreira, o ator ri, luta, se entristece e fez tudo com grande genialidade, verdadeiramente o dono do filme. Encarnou muito bem o personagem central do longa.
Ridley Scott, que adora realizar filmes de guerra e épicos, conseguiu em "Gladiador" o que só havia conseguido antes em "Alien, O Oitavo Passageiro": uma obra-prima. Sendo que neste último, ele não estava tão inspirado na direção como no filme de 2000, aqui ele fez parte do sucesso, ao lado do trio de roteiristas, de Russel Crowe, Joaquin Phoenix e mais o pessoal dos efeitos visuais, fotografia e figurino. Vale a pena também tocar na emocionante Trilha Sonora que retrata exuberantemente o drama do protagonista, a direção de arte e o som também, que esteve impecável nos ruídos e nas explosões.
"Gladiador" fechou com chave de ouro a galeria dos filmes vencedores do Oscar de melhor filme no século XX. Uma obra que nos faz chorar com seu triste porém plausível desfecho. Uma quase perfeita produção que Ridley Scott teve a felicidade de nos presentear, um filme para ser visto mil vezes e aplaudido sempre.
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