Como é bom sair de casa, ir ao cinema e encontrar-se com a arte. Essa foi a minha premissa inicial ao programar-me para assistir Árvore da Vida.
Desde os minutos inciais até o fim da película, entrei em estado de transe, sendo conduzido somente pelo filme.
Ao filme:
É de fato emocionante saber que um ser humano, no ofício de diretor, foi capaz de ultrapassar todos os limites para tentar traduzir, transpor, e fazer sentir o elo enigmático entre pais e filhos....indo bem mais além quando tenta explicar tal relação quando é estabelecida outra tão enigmática quanto: ...entre Deus e o homem. Nesse momento a confluência de ''ser'' se despede do concreto e se perde no Universo...
A criação do Deus, do Homem e a perpetuação da Vida se faz sentir em todos os momentos da narrativa...Malick foi além muito além, para buscar talvez suas próprias respostas...O filme é sobre a busca...Tudo simplesmente acontece...flutua..impera em Árvore da vida...
A teia familiar, com o pano de fundo a concepção do mundo, retrata intensamente a beleza e a imensidão da família e da ausência de felicidade plena.
O vácuo no lugar das respostas para o universo...Criatura e Criador em conflito....Pai e filho em conflito...A perda impiedosa e sempre inconfortante.
Um cinema pra ser sentido do começo ao fim. A Emoção emana em vários momentos: a redenção ao criador....a entrega do filho...''Te entrego o meu filho''....é uma das cenas mais intensas, belas que já vi, as lágrimas foram invitáveis.
Aplicar o filme a sua vida é uma boa opção, se enxergar enquanto uma parte do mundo. Estabelecer a profundidade da relação Pai, Mãe, Filho e Deus...é infinita.
A inevitabilidade da força maior, do Deus...sob todas as coisas...O amor sob todas as coisas...
Na busca pela resposta....na busca pela compreensão...somente uma coisa: A vida, sendo feita, desfeita....e o Amor.
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