“Eu já enterrei dois waynes, eu não quero enterrar um terceiro”
E eis que em 1989 o criativo Tim Burton resolve fazer um filme sobre o Batman, criando uma Gothan city gótica, que faz 2 filmes do Batman, e eis que uma das maiores catástrofes que poderiam acontecer com o coitado do Batman acontece, essa catástrofe se chama Joel Schumacher, usando um elenco bom com filmes ruins, Joel alterou o clima gótico do Batman do Tim Burton para um clima mais alegre, mais colorido – Gothan city havia virado um circo, praticamente. E depois de duas bombas do Batman com mamilos do Joel, em 2005 o inventivo Christopher nolan roteirizou e dirigiu outro reboot (Um reboot necessário, para retirar o Batman do fundo do poço), recontando a origem do homem morcego, com um final em aberto dando brecha para o coringa, o que resultou em uma seqüência extraordinária em 2008, com uma atuação genial do Heath Leadger que fez o vilão brilhar mais que o herói, e depois de um final, digamos... épico, chegou aos cinemas do Brasil nesse dia 27 de julho, a última parte da trilogia Batman do nolan.
Pra mim é difícil analisar um filme sem dizer spoilers, mas serei breve e sem spoilers.
Eu, como fã de quadrinhos, vi esse longa como um presente aos fãs, principalmente na cena do filme que faz referencia a HQ “A queda do morcego”, feita magistralmente pelo Nolan e sem certos exageros, além de outras referencias escondidas e outras reveladoras. Ele ficou menos realista e mais caótico que os anteriores, fazendo também um Bane mais realista que o dos quadrinhos, também trazendo de volta o sempre bem-vindo espantalho, menções á outros vilões e a aparição de um surpresa (Esse novo surpresa não é lá grande coisa).
No filme, se passaram 8 anos desde o final do Dark Knight, uma lei criada por Harvey Dent ainda funciona com êxito, como resultado, a maioria dos criminosos estão presos em Blackgate, prisão que substituiu o Arkham Asylum. Bruce está isolado do mundo, se isolando socialmente e com o uniforme aposentado, até que uma nova ameaça com o nome de Bane aparece, e Bruce tem que voltar a ser o Batman e defender Gothan de uma ameaça iminente.
O elenco neste filme esta maravilhoso, já contando com os já presentes nos filmes anteriores, como Gary Oldman, Michael Cane e Morgan Freeman, e os novos, Joseph Gordon Levitt, Tom Hardy, Anne Hathaway e Marion cottilard. Joseph Gordon Levitt, que interpretou impecavelmente um órfão que virou policial; Tom Hardy também está excelente como Bane, e a Anne Hathaway está ótima como mulher gato, o filme também conta com uma participação especial de Liam Nesson, em uma cena muito boa.
O roteiro tem seus suas falhas, algumas gritantes, mas nada que prejudique o resultado final do longa, como por exemplo: Viagens de um continente para outro sem nenhum dinheiro ou documento, mas eu apenas ignorei esse fato no cinema.
A primeira metade mostra o plano do Bane em desenvolvimento, e Bruce retornando á vida de Batman, já na segunda metade tudo fica mais sério, e gothan fica em uma situação bem complicada - remetendo á uma referência ao Batman Begins. Para então chegar o esperado e emocionante final da trilogia, trazendo uma importância muito grande ao que sempre foi dito nos dois filmes anteriores, sobre o símbolo do Batman, o símbolo de um herói que poderia ser qualquer um.
Agora falarei sobre algo que está perfeito no TDKR... A trilha sonora de Hanz Zimmer, ele soube onde colocar as musicas certas no tempo certo, com certeza a melhor trilha sonora da trilogia, voltando á cena que faz referencia ao “A queda do morcego”, onde poderia ter uma musica no fundo, vários ângulos de câmera e algum slow motion exagerado, mas não, aqui essa cena está crua, nenhuma música, apenas a crueldade do ato em questão do quadrinho em questão.
E por fim, o desfecho, onde nolan fechou um “ciclo” com o primeiro filme, de uma forma emocionante, exaltando o símbolo que o Batman é, mostrando algumas revelações alteradas dos quadrinhos, mas que ainda são excelentes e deixando um final aberto para discussões sobre o que realmente aconteceu.
Eu entrei no cinema na quinta feira com as expectativas nas alturas, esperando um filme excelente do Batman, mas não melhor que o TDK, e sai da sala de cinema muito satisfeito com o que tinha visto, um filme com um clímax bem mais épico que seus antecessores, e um desfecho que me deixou totalmente satisfeito, e honestamente, eu tenho que admitir, lágrimas de emoção caíram de meus olhos no final, principalmente na última fala do Michael Cane.
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