Em 2008 era lançado no cinema O Homem de Ferro, filme do clássico super herói que até então nunca tinha tido chance nas telonas. Como senão bastasse, seria o primeiro filme da Marvel Studios (que até então disponibilizava seus “supers”, para outros estúdios) e ainda trazia em seu âmago uma difícil missão: servir de teste, e prólogo para uma futura adaptação dos Vingadores. O filme foi um sucesso, e ainda foi anunciadas: uma continuação, e filmes solo de Thor, Capitão América, Hulk (um reboot graças ao péssimo longa anterior), do Homem Formiga e anunciado para 2012 finalmente Os Vingadores.
Com exceção do Homem Formiga, que não foi aos cinemas, Thor, Capitão América: O Primeiro Vingador, O Incrível Hulk e Homem de Ferro 2, foram levados a diante, e o resultado foi excelente, mesmo com alguns filmes fracos entre esses, todos contribuíam para dar consistência ao universo Marvel nas telonas, e mais força para a chegada dos Vingadores... Eis que enfim, a espera terminou e Os Vingadores já estão entre nós.
Dirigido pelo desconhecido Joss Whedon (iniciante na direção, mas responsável pelo roteiro de excelentes filmes como: Toy Story, Titan entre outros), Os Vingadores conta como o irmão de Thor, Lóki escapou da justiça de Asgard, e agora conspira com os Chitauri, para roubar o Cubo, e dar inicío a uma invasão alienígena na Terra. Perante a grande ameaça, Nick Fury (Samuel L. Jackson) resolve por em prática o projeto antes vetado pelo governo, a reunião de super heróis, num grupo que ficaria conhecido como: Os Vingadores.
Esse projeto ambicioso, desde o início trazia uma grande preocupação: como colocar na tela, e dividir de maneira sensata a importância de todos esses super heróis? Se para os principais personagens foi necessário um filme próprio, como fazer um filme só com todos juntos sem que ninguém saia menosprezado? O fato é que Joss Whedon, roteirista profissional, e que já tinha roteirizado HQ’s para a Marvel, conhece bem esse ambiente, e consegue de forma magistral dar um lugar decente a todos os personagens.
. Se já era difícil colocar tudo em ordem sem beneficiar demais um único personagem, com fazer o mesmo com os atores? De um lado tinha Robert Downey Jr. já prestigiado ator e de longe melhor personagem de todos com seu icônico Tony Stark, do outro os recém promovidos a heróis: Jeremy Renner (como Gavião Arqueiro) e Mark Ruffalo ( terceiro intérprete diferente de Hulk nos três últimos filmes). O roteiro fantástico consegue colocar tudo e todos em seu devido lugar.
O filme começa com uma espécie de introdução de seus principais heróis(introdução essa que faltou ao Gavião Arqueiro, que cai de gaiato na super equipe, mas nem mesmo um prólogo de seu passado é mostrado), passando pela sua reunião, e efetiva formação da tão sonhada equipe. Tudo o que todo e qualquer fã de quadrinhos, poderia pedir está presente, desde os desentendimentos básicos, passando pelas tão sonhadas e aguardadas rixas (sim, aquelas brigas entre Thor x Homem de Ferro, Thor x Hulk, estão todas lá), e pelo processo final de formação e manutenção da super equipe. Mas como convencer a trabalhar juntos pelo bem maior, o egocêntrico Tony Stark, o incontrolável Hulk, o deslocado Capitão América e o deus de outro mundo Thor, aí mais uma excelente tacada dos roteiristas, que fazem do Agente Coulston (Clark Gregg) figura presente últimos 3 filmes da Marvel, como a cola que realmente une os heróis em uma super equipe, e uma singela homenagem a todo nerd fã de quadrinhos!
Se a história ficou boa, com todos os embates e discussões presentes, o que realmente importa não ficou esquecido: a ação! Os Vingadores realmente dá um show em questão de efeitos especiais e cenas de batalha. Nesse quesito toda a grandeza das HQ’s foi trazida para a tela, desde a destruição no centro de Manhattan (oO cidadezinha maldita) até o gigantesco aeroporta-aviões da Shield. Nas batalhas tem espaço para todo mundo, para o irônico e brincalhão Homem de Ferro, para o patriótico líder Capitão América, Thor e até para os pequenos: Viúva Negra e Gavião Arqueiro, todos tem seu lugar no espaço, e todos desempenham bem sua função. E com tanto figurão, a pergunta principal dos fãs era: e o Hulk? Como colocar num filme uma criatura tão poderosa e incontrolável que tem muito mais o estigma de problema do que a alcunha de super herói? O fato é que foi tão bem aproveitado, que de longe o Hulk é o melhor (e protagoniza as melhores cenas) de todos os Vingadores. O gigante esmeralda é outro que rouba a cena, completamente diferente de todas suas interpretações (afinal o Hulk é uma criatura tão incontrolável que exige atores diferentes a cada filme para interpretar seu alter ego Bruce Banner) finalmente mostra a que veio, mostra como é o mais poderoso (até certo ponto) personagem da Marvel, e consegue ser também o mais engraçado do filme (destaque para a épica batalha entre Hulk x Loki).
Enfim, Os Vingadores chega como um dos mais esperados filmes do ano (numa lista que ainda tem Batman, Homem Aranha, O Hobbitt e Prometeus) e já supera todas as expectativas, figurando com talvez o melhor filme de super heróis já lançado, ou pelo menos o mais audacioso de todos. Um fantástico filme de ação, seja para quem é fã das HQ’s ou para quem só conheceu esses personagens a partir do cinema, um filme que deve agradar a todos, e diferente de algumas franquias que só devem fazer sucesso na Sessão da Tarde, que esse seja um filme para ser visto, no Telecine, Cinema Espetacular, Tela Quente... Altamente recomendado!!!
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