Exagerando e equivocando-se em um humor forçado no começo, perdendo ritmo narrativo no meio e apelando para o sentimentalismo no final - bem ao gosto americano, Green Mile é mais uma prova da falta de direção e excesso de equivocos presentes na filmografia de Darabont. Não resta dúvida de que, nenhum de seus filmes sejam suficientemente satisfatórios ao que pretendam abordar ( e olha que os dois mais "representativos", esse, à Espera de um Milagre, e o outro insoso, Um Sonho de Liberdade tem cada um três longíssimas horas para mostrar do que realmente pode tratar, corretamente, é claro, sem se perder ao pedantismo básico estadunidense, característica dele, Darabont, aprecido por Robert Zemeckis pós-90 e infelizmente adquirido por David Fincher em BB. A única dúvida que resta ao final das 3 horas de à Espera de Um milagre, sensação homóloga senti com Um Sonho de Liberdade, é porque tais filmes são tão apreciados? Resta saber.
Tentando ser um filme existencialista, sentimentalista e tal, mas maquiando-se de suspense-pipoca e apelando para caras e bocas, ensinado a todo momento mais que o óbvio ao espectador, à Espera de Um Milagre é tendencioso do início ao fim. Uza de cenas de impacto, destiladas por lições de moral - claro não as faltam - e aquela velha tradição progressita de Darabont, sempre pronto a levantar a moral dos yankes frente às adversidades.
Fantasiando demais a trama, acaba que o filme fica um tanto infantil. Um impertinente ratinho é colocado e gerido de importância na trama só para criar algumas situações de conflito e ao final servir para compôr mais uma lição das tantas que Darabont se prôpos a - até de modo punitório para os caras do mal - nos mostrar.
Sim, por sinal o filme é uma adapatação do papa dos best-sellers e queridinho dos diretores tendenciosos, Stephen King. Encabeçada pelo líder-mor dos papéis com lições de moral e vida cinematógrafiacas pós-90, Tom Hanks, a trama fala de Paul (Tom Hanks), chefe da guarda deum corredor da morte, o Green Mile - obviamente ensinado o significado do apelido por Darabont - , ano de 1935. Paul tem sua vida mudada após a chegada do brucutu Jonh Coffey(Michael Duncan) ,negro, que fora acusado de matar duas jovens e belas criancinhas loiras, algo deplorável.
Não se detando a história entre os dois, Darabont - que foi o reponsável pelo roteiro da adaptação - explora alguns poucos presos daquele corredor da morte, isso tudo, pontuando sempre com humro mal colocado e sem graça alguma. Passando ao ritualistico e parcimonioso ato de execusão à cadeira elétrica desses presos - há um francês, um cara de origens indígenas um psicopata alteradíssimo que vive empezinhando a "paz" do lugar (acreditem só existe ele de preso mal). Explorando tamb´me a vida de alguns policiais, Darabont abre espaço por mais um disputa moralistica entre o bem e mal, em uma espécie de todos contra o malvadoPercy Wedmore. Depois de um cem-número de conflitos de poder, envolvendo maus contra bons, e maus contra maus, a história finalmente deirecona-se para onde devia e, claro, entrando em cenas as superações de vida de praxe, a persona de John Coffey ("parecido com café...") passa a pivotear o núcleo narrativo, até o fim da história.
No filme todo, as atuações que realmente se destacam são as dos coadjuvantes, o que ofusca Tom Hanks, protagonista. O grande destaque, em disparada, é Michael Jeter, imitando o preso, de origem francesa, Eduard Delacroix, mostrando toda a meiguisse de seu personagem com segurança e habilidade, embora seja um ator pouco expressivo, se saiu bem nessa participação. Por incrível que pareça, o mais rizível e bizarro das atuações, digo no geral, é Michael Duncan, força demais em caras - uma só - em vez de meigo seu personagem fica um tanto caricato, tá certo, entendamos ser uma ficção, mas não me sai da cabeça algo tão forçado como essa atuação e personagem de Duncan.
Enfim, à Espera de um Milagre é razoável enquanto história e fatídico enquanto filme, principalmente nos equívocos de seu diretor que não soubera dar ritmo na metade de seu filme. Destaque-se a bela transposição dos costumes da época, do lugar, os atos e gestos daquele povo. Ainda sim, o filme é uma sensação generalizada de decpeção de desengano, muita coisa funciona errado, pende pro fiasco, mais se agarra na produção.
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