Acossado é antes de mais nada uma filme-manifesto, talvez por isso, a estética, os diálogos, e o estilo da Nouvelle Vague estejam apenas germinabndo em Acossado, o que mais tarde viria a se firmar em outros filmes do "movimento".
Godard vai beber de fontes como os antigos filmes de gângsters atuados por Humphrey Bogart, para construir a história de Michel Poiccard, interpretado pelo grande ator dos filmes de Godard, Jean-Paul Belmondo. Certo dia, ele rouba um carro, tempos depois, na perseguição pós-roubo, mata um policial e foge para Paris. Lá ele se esconde na casa de Patricia Franchin (Jean Seberg), americana que o ama e que pretende ter um filho com ele.Quando ele perde a consciência e comete alguns pequenos delitos, dá também a brecha para os policiais o acharem e darem início a sua perseguição final.
Godard com esse filme, lança ao cinema uma gama de propostas, todavia, embora menos trabalhadas do que seus sucessores filmes, a Direção de Godard consegue extrair o melhor do que propõe. Embora os atores improvisem certas falas, nada está próximo do amadorismo. As referências das quais Godard utiliza, servem para construir sua trama, não são sua essência. O modo particular de conduzir a história empreendida por Godard, seus personagens cativantes, tudo é uma intensa razão de personalidade e originalidade, algo que marcou a carreira de Godard.
Não obstante, seus filmes também mostram ser belos no tange a elementos como Fotografia e Trilha Sonora. Consorte, o grande destaque fica por conta da Direção de Arte que explora os ambientes urbanos parisienses, inegavelmente belas ficam as passagens à noite.
E uma proposta, um primeiro passo, Godard tem que ser entendido por ele mesmo, analisá-lo requer que busquemos entender o que pretendia o cinema francês da Nouvelle Vague, é um desafio, todavia, ao nos depararmos com o cinema atual, comercialesco e homeogêneo, entendemos que trata-se de uma tarefa dificil. Acossado consegue ser uma bela história, um bom começo do que mais tarde viria a lançar obras primas como "O Desprezo" e Pierrot Le Fou.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário