Um dos finais mais furiosos do cinema, um ícone de uma geração, Taxi Driver demostra toda a agonia pós-68 na pele de um personagem solitário, que guarda toda uma mágoa do mundo que vive. É o cinema explorando as querelas da vida urbana, é Martin Scorsese em seu filme mais sincero, de estilo mais direto, mais ousado.
Martin Scorsese, pra mim, é um diretor que vive num empasse de nunca ter produzido uma obra-prima, definitivamente, em todos os filmes do diretor sempre faltam alguns detalhes para fazer dele algo impactante. Scorsese é, portanto, um Diretor que ou guarda um grande surpresa, ou leva nas costas o estignma de "quase obras-primas" produzidas.Todavia, isso são opiniões muito particulares, e que contrastam com a solida carreira de um dos grandes diretores Hollywoodianos pós-Era de Ouro, um diretor respeitável, original, corajoso, de estilo.
Taxi Driver conta a história de Travis Bickle, intepretado por Robert De Niro - ator que firmaria uma longa parceria com Scorsese -, veterano do Vietnã que volta para as ruas de Nova York trabalhando como motorista de táxi. Lá ele conhecerá Betsy (Cybill Sheperd) e Iris (Jodie Foster), uma prostituta de apenas 12 anos. Partindo da relação com as duas, Travis se revolta, seja pela hipocrisia de Betsy e as pesoas próximas dela, seja pela situação em que se encontra Iris, e decide sozinho então, armar um atentado contra um senador candidato à presidência, além de por fim aos cafetões que exploram Iris.
Scorsese sempre foi fã de boa música, basicamente Jazz. Em seu filmes é praxe que tenham boas trilhas Sonoras, nesse não fica por menos, embora a repetitividade da mesma cansão, às vezes, fique um pouco destoante de algumas situações. A Fotografia, suja de uma Nova Iorque caótica dita o carater marginal que se impõe ao filme.
Atuado por destreza por De Niro, o filme é um dos mais emblemáticos da década de 70, é um grande marco pro cinema, tem sua importância. Porém fica devendo um pouco, Scorsese parece trabalhar iminentemente para sua conclusão, de maneira que durante o filme há certa inutilidade de situações, algumas que servem apenas para mostrar algo irrelevante, pois vivenciado por seu personagem a pouco tempo. O que não tira os signos do filme, característica pelo qual é emblemático, o filme passa muito bem a situação da Nova Iorque violenta e de jovens desespenrançosos de então.
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