Um filme grande (loquente, as vezes) no que tange a estilo quadrinesco, tudo muito belo, tudo carregado com a verdadeira alma das HQs, mas que por isso mesmo, as vezes se distancie de um roteiro coeso. Pode-se dizer que no geral, Frank Miller conseguira passar bem a intensão de The Spirit, embora ele seja bem inferior a Sin City, concluamos que fora um filme carismático, de estilo própio, que diverte em alguns trechos, que é desbocado em outros, mas que justa,mente por ser tão casual em muitas cenas, por não ter no humor um amparo - decididamente esse quesito é falho em The Spirit -, o filme não estabeleça um vínculo mais forte com fãs de HQs e público em geral.
O estilo base havia sido lançado anos antes com o eficiente Sin City, filme que com doses de humor negro além da brutalidade da imagética tarantinesca, arrebatara alguns fãs no mundo das HQs, resultado semelhante, ams de execução diversa fora V de Vingança, esse mesnos badalado que o anterior. 300 fora fruto de muito ódio, desmedido e implausivel na maioria dos casos, mas conquistara um bom público e ratificara as bases das adaptações de quadrinhos cult.
Frank Miller é quadrinista, e aqui, aventura-se na direção de seu primeiro longa. Ciente de tão difícil empreitada, mas mais esperto ainda de que para conseguir um resultado decente para os fãs do quadrinho, Miller transforma o filme em uma grande demostração quadrinesca, visualmente falando.
A história fala de Denny Colt, policial assassinado que misteriosamente volta a vida como o mascarado combatente do crime chamado Spirit, seus dramas em sua vida de herói na cidade que ama: Central City.
Esse quesito, é substancial no Gênero, pelo qual encanta grande parte de seus fãs mundo afora. Sempre são grandes acertos. Em The Spirit não é diferente, vemos uma Fotografia inspirada, uma direção de arte belíssima, tudo condizente com a proposta de Miller.
Por outro lado, as atuações exigem dos atores algo especial, não digno de Oscar ou prêmios do tipo, há sim, uma necessidade de adequação ao espirito da HQ, do personagem, da linguagem que ali se insere. No elenco, Samuel L. Jackson, faz o papel de Octopus, em uma brilhante atuação, vemos que o experiente ator parece ter recuperado a inspiração de filmes que o exigiram bastante. Scarlett Johanson, acredite se quiser, faz uma de suas melhores atuações da vida, em um papel que exige justamente de sua sensualidade, inspirada a bela atriz. Ademais, os outros atores no geral destoam das interpretações de Jackson e Scarlett, principalmente Eva Mendes. Falta imposição na tela, falta pegar o estilo da HQ.
Embora o resultado seja satisfatório, Frank Miller não consegue fazer de seu filme algo maior, algo digno de fidelidade por parte dos fãs da HQ. Comexecução eficiente, vemos um bom filme, embora carecendo de elementos que o dessem maior destaque.
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