"É inferior ao primeiro, mas está muito longe de ser um filme ruim"
Depois da estreia com pé direito de “Toy Story”, os fãs da série ficaram quatro anos sem nenhuma novidade sobre a franquia. “Toy Story 2” chegou em 1999 aos cinemas, com uma dimensionalidade maior em questão de profundidade e por explorar melhor o que não foi explorado anteriormente. Mas o resultado, que foi muito bom, foi um tanto quanto inferior ao primeiro.
Tudo começa quando a mãe de Andy está colocando alguns brinquedos do filho à venda. Uma das amigas mais próximas do caubói Woody é a escolhida para ser vendida. Com pena da companheira, Woody decide salvá-la, mas quem acaba se dando mal é ele mesmo, que vai parar nas mãos de um colecionador. Buzz Lightyear e companhia se organizam e saem à procura do amigo.
Woody, na casa do colecionador, conhece a sua “turma”, pois ele faz parte de um conjunto de brinquedos. O roteiro peca justamente nessa parte. Se o filme anterior tinha um roteiro recheado de tensão, sua continuação tem cenas grandes demais, o que prejudica o filme. Mas, conforme o filme vai avançando, e Woody vai se enturmando com suas companhias, a estória começa a ficar interessante. Confesso que chorei na cena em que Jessie canta para Woody como sofreu com o desprezo de sua dona. Por essas e outras o filme consegue se salvar. Se a ação aqui não é tanta como no primeiro, os lados sentimentais dos personagens ganham muito mais destaque.
Porém, é bom deixar claro que o filme tem ação, só que dessa vez menos intenso que o primeiro. Não que agora a ação não seja intensa, pois é, mas é menor. Outro defeito no filme foi o “vilão” Zurg, que não desempenha nenhuma função importante na estória, tornando-se apenas um coadjuvante, totalmente desnecessário. Quem desperta raiva mesmo é o boneco Mineiro.
A relação brinquedo-dono entre Andy e Woody não é bem explorada nesse filme. O primeiro filme também não fez questão de se aprofundar na relação entre eles, mas pelo menos deu um pouquinho de destaque, como uma das cenas iniciais. Porém, como já mencionado, o que salva essa relação brinquedo-dono é a canção de Jessie, falando como foi desprezada por sua dona. Simplesmente tocante esse trecho do longa.
“Toy Story 2” é um filme muito bom, disso não há dúvidas. É inferior ao primeiro, mas está muito longe de ser um filme ruim. É uma diversão para toda a família, com cenas de ação bem planejadas e o excessivo cuidado da direção de arte da Pixar. Recomendado.
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