Um bom filme, um pouco arrastado, algumas cenas desnecessárias (como um provável delírio de Ann diante de sua enfermeira com vestido de baile), mas encanta, por sua belíssima fotografia e por uma viagem ao passado, o que nos leva a entender o motivo dos delírios de Ann no início do filme.
Ela está no leito de morte e, sob efeito da medicação, começa a proferir nomes e exclamações como se estivesse sonhando. Suas duas filhas buscam entender o motivo, ao mesmo tempo é retratado conflitos psicológicos das duas: parece que uma se ressente pois a irmã tem vida estável e ela tem medo de assumir compromissos, enquanto a outra guarda lembranças dolorosas de como a mãe não dava muita atenção quando era pequena.
Boa parte do filme foca no passado de Ann: era madrinha de casamento de sua melhor amiga Lyla (interpretada talentosamente pela filha da Meryl Strepp na fase jovem e pela própria Meryl quando mais velha), apaixona-se pelo Harris, seu amor na juventude, mas acaba-se se sentindo culpada pela morte de Buddy, irmão de Lyla que nutre uma paixão por ela, que não é correspondido. É nessa relação dos quatro que engrandece o filme.
Outra cena bastante bacana é quando Lyla, na fase atual, sabendo da doença de Ann, vai visitá-la. Lembramos da que Ann, quando jovem, deita na cama de sua amiga para ouvi-la e agora é Lyla que vai deitar na cama de Ann, o que faz ela acreditar que tudo o que ela fez na vida foi válido. Memorável. Recomendável!
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