- Direção
- Vittorio de Sica
- Roteiro:
- Luigi Bartolini (romance), Cesare Zavattini (roteiro), Suso Cecchi D'Amico (roteiro), Oreste Biancoli (roteiro), Adolfo Franci (roteiro), Gerardo Guerrieri (roteiro), Vittorio de Sica (roteiro)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Itália
- Duração:
- 93 minutos
- Prêmios:
- 22° Oscar - 1950, 7° Globo de Ouro - 1950
Lupas (46)
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Se tiver algo além de um maluco atrás de uma bicicleta, favor chamar no privado.
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2022 Abril - 036
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Sem brincadeira, eu vou morrer sem conseguir assimilar nenhuma qualidade relevante desse filme e sem entender o motivo pelo qual ele se tornou um clássico.
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O desalento de um país devastado pela guerra (e pelo fascismo) pode ser visto no rosto de Antonio, protagonista da obra. É o homem comum lutando por sobrevivência, por dignidade, para não ver sua família morrer de fome. Sua jornada é amarga, mas profundamente humana. Vittorio de Sica nos legou um filme que nunca perdera sua força. Não enquanto restar um pouco de empatia no mundo.
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Não há escapatória: a luta de classes nos atravessa, formando nossa identidade e nosso ser no mundo. O filme não cria concessões e nem afaga, parece terrivelmente cru e, por isso, terrivelmente real. Obviamente, a moral pode ser questionada (é necessário ceder e cair na marginalidade mesmo com a situação difícil?), mas aqui não é tanto o efeito, mas a causa, as contingências da vida que se mostram imperiosas. A vida é dura, é um trem desgovernado, e isso está para além da moralidade.
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Filme é bom como cartilha e como entretenimento. Um drama pungente, tocante, belo...
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A maior alegoria do neorrealismo italiano, carrega a verdade da vivência no rosto dos atores e homenageia a luta diária da classe trabalhadora, em face das injustiças e invisibilidade. A cena do almoço é de cortar o coração.
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O filme se arrasta até chegar em seu momento derradeiro demonstrando uma moral completamente duvidosa. A bandidagem e criminalidade sendo justificada pelas mazelas do povo através de uma ótica realista? Me parece inaceitável.
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Estou me sentindo iludido. Acompanhei ansioso a saga do protagonista que nadou, nadou, nadou, mas preferiu morrer na praia. Me senti ludibriado e, por isso, não deu pra sentir pena dele no desfecho. Destaque para a trilha sonora.
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O neo-realismo italiano joga sem piedade todas as rachaduras ainda atuais do capitalismo na cara do espectador utilizando um roubo como estopim de discussões, porém o longa carece de emoção e ritmo, com exceção do amargo final, de partir o coração.
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29/04/06 - O.P. definitiva do Realismo Italiano.
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Daqueles filmes que sempre permanecerá atual. Um conto universal e atemporal sobre caos social, moralidade e opressão.
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De Sica retrata a realidade cruel do pós-guerra através de uma história aparentemente simples, mas lotada de significados nas entrelinhas que transformam seu esforço em algo poderoso. A cena final é de partir o coração de qualquer um.Trágico e importante.
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Se render e se frustrar, essa é a regra e o destino.
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Um belo estudo sobre cinema
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A Roma do pós-guerra como palco de um estudo criminológico de intensa humanidade. Reprovar o crime é fácil, difícil é buscar compreender sua origem e combatê-lo diretamente em suas raízes.
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Sensível e cruelmente realista,faz de uma busca uma reflexão sobre a vida e as dificuldades que a falta de dinheiro traz rapidamente. Também é um grandes sobre a relação pai/criança pequena.Alegria,raiva e respeito tão existentes,tão reais.
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Da primeira vez, achei que a índole do filme era limitada demais ao período político da época. Hoje vejo que eu era muito limitado. Pequeno filme gigante.
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Retrato doloroso de um período de extrema dificuldade financeira e moral, sendo um dos mais belos expoentes que marcaram o surgimento do neo realismo italiano nos cinemas pós segunda guerra. As atuações são marcantes.
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Não há melhor diegese do que a apresentada pelo realismo extremado desta obra. Enredo com uma linha simples e emocionante, servindo-se da beleza de sua trilha e da competência das atuações.