Homossexualismo, incesto, arrependimento, perdão, ódio, traumas, referências bíblicas são alguns dos temas abordados nessa complexa trama. Apenas uma ressalva a rapidez exagerada dos acontecimentos, mas aquela chuva de sapos salva qualquer deslize, ótimo.
É impossível descrever em palavras o quão humano, sensível e maravilhoso é a obra prima de Paul Thomas Anderson, que nos surpreende em cada cena com temas brilhantes como perdão, rancor, depressão e amor, amor incondicional.
Nove situações terminais para serem contadas, nove pessoas perdidas a serem encontradas. Pétalas de uma mesma magnólia, desabrochada e encarando o céu em busca de respostas. Lágrimas cairão como uma forte chuva repentina.
Anderson juntou diversas histórias, picotou tudo, jogou pra cima que nem confete, colou do jeito que queria e acabou gerando uma obra magnífica de múltiplos significados, mesmo que seja uma completa confusão.
Bruno Kühl |
Em 23 de Fevereiro de 2011 |NOTA: 8.0
Interessante demais, elenco enorme e muito atraente, bons personagens que são plenamente desvendados em poucas cenas.
Tipo o coach (ridículo como todos da 'profissão') tentando usar sua técnica pra esconder seu interior é fascinante. Acompanhar uma doença terível, logo após ver isso acontecer igual aqui no meu entorno, bate fundo também.
Até a ilógica e absurda chuva dos sapos é certeira.
Impossível não mencionar como o cinema de premiação decaiu.
Devendo muito a "Short Cuts", "Magnólia", ainda que bastante longo, não perde o foco da história, apresentando personagens verdadeiramente interessantes. Mas os destaques são os enquadramentos, os cortes e a mixagem do fantástico Paul Thomas Anderson!