Claustrofóbico e agonizante, quase como um pesadelo em que se contrapõem a dureza de uma irmã com a leviandade da outra, enquanto Agnes parece redimida pelo seu sofrimento.
O desespero nos olhares, as dores nas palavras, o tédio nas marcas faciais, o medo, a compaixão e a complexidade em cada tela pintada a cada segundo por Bergman. Um filme "sutil", doloroso e que se demonstra uma obra de arte pura e bela em seu coração.
Apesar de algumas partes excessivamente melodramáticas, a trama é forte o suficiente (o vermelho das paredes da casa deixa isso claro logo de início). Além disso, as atuações são boas, a fotografia é ótima e a direção de arte irretocável.
Abstração tem limite. Fora as boas atuações, o filme é um mar de subjetividade pouco interessante. As personagens são frias, distantes e em nenhum momento conseguiram fazer com que eu me envolvesse em suas histórias