Lupas (30)

Chico Buarque canta no hino "Desencontro" a definição perfeita a um dos mais doces e fatalistas romances, onde o preço do amor é cobrado a partir de suas polaridades, valor e capacidade de colorir vidas fadadas a um mundo preto e branco. Filmaço.

Bonito esse romance à moda antiga, história de amor simpática e bem contada. A direção do Lean é que estava um pouco pesada demais pro meu gosto (nem o Douglas Sirk em seus piores momentos me parecia tão açucarado/histérico).

Brief Encounter é um romance difícil e amargo, assim como o é todo amor impossível. Ao final, as emoções do espectador já estão irreversivelmente entrelaçadas às da protagonista, o que torna a experiência especialmente dolorosa.

A inocência de um amor proibido.

Os olhos podem ficar marejados, tamanha a intensidade emocional da trajetória errática desses amantes desventurados, a quem são permitidos apenas leves toques e olhares sutis que são afagos no peito.

Primeiro grande filme de David Lean. Uma das mais belas histórias de amor já contadas no cinema, sem apelo à pieguice ou ao melodrama.

Puro amor manisfestado, essência e espírito, na grande ironia da megalomaníaca carreira de David Lean. Hoje, pelo menos por uma vez, a emoção e o sentimento prevaleceram perante a perfeição técnica.

Muito mais singelo e quase imperceptível o ponto positivo de ser dirigido pelo "machão" Lean.

Um dos mais belos filmes já feitos. Um romance estupendo.

Adaptação da peça de um ato só de Noel Coward chamada 'Still Life', é um dos mais belos filmes sobre amor - pequena produção, mas absolutamente tocante. Prova de que Lean sabia também extrair o melhor dos atores. Inspirou o comercial 'Elevator Fantasy'.