O desconhecido nos guia e incentiva a viver, por isso talvez a infância seja a parte mais especial da vida, pois tudo ainda está por vir e descobrir, sem as preocupações e medos da maturidade, e Wenders de uma forma poética e bela criou essa obra-prima.
Muito profundo, trata com leveza, assunto de grande interesse. Visão do mundo material, desde a patria espiritual. Para ver, apreender e mudar comportamentos.
Wim Wenders simplesmente encontra na onírica história de dois anjos a chave para o enigma da existência humana. Palavras não são suficientes para definir tal experiência.
Há afeição na estética celestial de Wenders e em sua discussão, levitada pelo prosaico, da natureza humana. Há poesia, profundidade e beleza; seu defeito é não haver consigo um jarro de café e um despertador para nos manter acordados. Haja paciência.
A ideia do roteiro é apenas regular, e ainda foi prejudicada pela narrativa extremamente lenta e filosófica (Nem o final que deveria ser romântico salva!). A narrativa em "off" ou os diálogos-cabeça são inspirados no cinema francês. Para poucos...
Pouco já criado alcançou esse tipo de beleza.O apuro estético de Wenders é de cair o queixo,seus enquadramentos são feitos pra apaixonar.
A poesia que vem dos pensamentos de cada pessoa é a alma do filme.As frases do velho poeta então...