O impasse histórico na Europa. Mas não seria um impasse da civilização ocidental? Ventos sombrios estão sempre à espreita. O que não impede Manoel de Oliveira de acreditar na civilização, mesmo com suas tragédias e desordens, mas sempre se espera ventos que soprem com mais quietude. Pode ser difícil, mas um tanto mais possível quando deixamos nos envolver pela grandeza da arte do mestre português.
Uma obra que tinha potencial, mas que se perde numa abordagem acadêmica e obscura demais. O discurso do filme, sobre as dimensões do olhar geográfico-histórico, é frio e constrói um mundo cinzento, mantendo o filme através de longas falas que o deixa ainda mais burocrático.
Manoel reflete sobre a humanidade e a civilização (ou falta dela) que teima em não aprender com seus erros do passado. Locais e tempos se modificam mas a essência de auto-destruição do ser humano permeia o passado, presente e futuro.
Uma explosão.. de sentimentos, de culturas, de conhecimentos. Um Filme Falado se propõe a falar, e fala bastante. Enquanto isso, De Oliveira se mostra um diretor sensacional, dialogando entre história e futuro como vi poucos diretores fazerem - há durar.
Um docudrama de excessivo rigor formal que examina pegadas históricas, celebra e lamenta a Babel mundial. Por mares, montes e cidades, a História respira em imagens e reafirma sua imponência diante dos homens, seus maiores artífices.