Schumacher cria uma surpreendente obra-crítica ao modelo da sociedade atual: passível aos mais diversos tipos de injustiças e incongruências. William Foster é a personificação da ira inerente e omitida do cidadão comum á essa realidade. Sensacional!
Poderia ser definido como um clímax estendido de "Taxi Driver", mas os motivos da revolta do protagonista são tão rotineiros e inesperados, que acaba virando uma comédia ácida. Mesmo assim, há bons momentos de lucidez diante dessa história.
Ao quebrar uma ideia interessante no meio do filme (homem comum que um dia explode por causa dos problemas enfrentados pela rotina) e seguir por um caminho clichê (homem maluco com problemas familiares), o filme acaba perdendo sua força e originalidade.
Chega a ser um absurdo de tão caricatural. Joel Schumacher parece querer jogar confeites em todos seus filmes, porém, quem nunca sonhou em ligar o foda-se e mandar tudo pelos ares?