- Direção
- Luchino Visconti
- Roteiro:
- Luchino Visconti, Suso Cecchi D'Amico, Francesco Rosi
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 108 minutos
Lupas (10)
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Os italianos tão temperamentais de sangue quente e com seu jeitinho, genuinamente brasileiro, são os europeus que mais se assemelham a nossa, sangue latino, mais que os portugueses, por vezes mais frios, aqui temos um belo exemplar de uma mãe "espertinha" e destemida, com vizinhos acalorados, e uma crítica a atuação e desgaste das crianças no mundo da arte...
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Possuo em geral problemas de ordem filosófica com o cinema de Visconti. Mas aqui o melodrama é autêntico, a crítica é ácida e a meta-linguagem sempre deliciosa. Agora o que carrega o filme nas costas é Anna Magnani, que atuação brilhante; Obs: Se o contrato fosse assinado o impacto da crítica seria mais contundente ainda.
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Na cena final em seu quarto, Anna Magnani ouve o filme sendo exibido na praça e observa que ela ouve Burt Lancaster. Magnani ganharia um Oscar quatro anos depois por "A Rosa Tatuada", no qual iria estrelar com Lancaster.
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Um conto sobre ilusão, seja no Cinema, na vida; as vezes o escapismo é a única forma de regência nesta existência desequilibrada. E como não falar de Anna Magnani, um verdadeiro tufão na tela! Pode-se dizer que o filme é sobre ela, para ela e por ela!
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Visconti idealiza uma cruel e verídica crítica à uma faceta lamentavelmente supérflua do cinema.
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O Cinema proporciona e nutre sonhos, mas, às vezes, os envolvidos em sua realização os destroem. Belíssima crítica à cultura de celebridades que ainda acomete uma parcela do público.
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19/07/08
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Sobrevivência graças à vivência do auto-engano, de um alpinismo social bruto - e do que mais seria a essência do cinema italiano primordial? Anna Magnani, uma das melhores atrizes da história do cinema, em indiscutível. Um furacão!
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Onde a realidade pode ser completamente destruída pelo sonho é uma auto-reflexão muito interessante, uma análise do cinema sobre si mesmo e aquilo que envolve, digna de nota e ainda muito atual.
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Do sonho efêmero do cinema ao mundo real. Por debaixo da superfície melodramática, há um olhar sofisticado e até, de certo modo, satírico de Visconti sobre a realidade italiana, que já não era a mesma do início do neo-realismo.