- Direção
- Luchino Visconti
- Roteiro:
- Luchino Visconti (adaptação e roteiro), Suso Cecchi D'Amico (adaptação e roteiro), Pasquale Festa Campanile (adaptação e roteiro), Giuseppe Tomasi Di Lampedusa (romance), Enrico Medioli (adaptação e roteiro), Massimo Franciosa (adaptação e roteiro)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França, Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 183 minutos
- Prêmios:
- 16° Festival de Cannes - 1963, 36° Oscar - 1964, 21° Globo de Ouro - 1964
Lupas (15)
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A obra máxima de Luchino Visconti! Um filme que exala paixão, encanto, grandeza e admiração. Obra política por excelência, canto de amargura de uma época, mosaico das interações e desejos de um mundo em transformação. Tratado da imposição da realidade sobre o sonho, da ambiguidade da condição humana. Sua frase mais famosa é a síntese do mundo em que vivemos: 'Se queremos que tudo continue como está, é preciso que tudo mude'. Um desses monumentos que fazem da arte a essência de tudo.
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De forma magistral, mostra o choque cada vez maior entre uma aristocracia decadente e pragmática disposta a trair tudo e todos que sempre justificaram seus privilégios para mantê-los, e uma burguesia caipira que, cada vez mais, toma o poder, ao mesmo tempo em que se esforça frustradamente para ser reconhecida como igual pela nobreza que tanto a despreza. E, por fim, um povo disposto a derramar o próprio sangue por mudanças, mas... "Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude".
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Filme que se passa na revolução burguesa italiana mas que tem uma narrativa universal e atemporal, com sutileza extrema, através de seu protagonista, fala de forma bastante profunda de politica mas principalmente do envelhecimento, das mudanças do tempo e da inadequação de um homem em seu meio. A gigantesca sequencia final do baile e a tensão sexual entre Lancaster e Cardinale é de cair o queixo.
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Tem um visual bonito mas é recheado de defeitos graves. A começar pelas + de 3h injustificáveis e enfadonhas. Cinema é a arte da síntese e do simbolismo, o que O Leopardo faz é exatamente o oposto. O roteiro é extremamente prolixo e verborrágico além do cinema italiano daquela época ter a estranha característica de ser um híbrido de drama e comédia, como se não se levasse a sério. A montagem é teatral, é dublado e a história se mantém distante do espectador todo o tempo. Cult, 15-11-2020.
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Embora o filme seja uma adaptação extremamente fiel do romance de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, omite por completo o epílogo do livro, que, após um salto temporal de quase vinte anos, mostra a morte do Príncipe Fabrizio, já velho e na miséria, assistido por sua filha Concetta.
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O seu visual colossal é um dos mais impressionantes já realizados na história do cinema, com cada detalhe sendo arquitetado pelo perfeccionismo de Visconti, com a fluidez de cada movimento de câmera nos transportando para uma Itália em profunda transformação social, por 3h você se vê mergulhado neste ambiente, com os personagens, seus desejos, medos...Que atuação perfeita de Lancaster, provou ao diretor que era muito mais que um 'gângster americano'. OBRA-PRIMA!
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Um dos melhores filmes de todos os tempos. Aqui, mesmo com a narrativa as vezes lenta, cada detalhe impressiona por sua riqueza tanto histórica quanto estética. A cena de pouco mais de 40 minutos da dança, simbolizando a queda da Aristocracia e ascensão da Burguesia e os minutos finais com o Dom Fabrizio Salina(Burt Lancaster) caminhando e vendo a transformação daquela sociedade, são para serem imortalizadas.
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Visconti aborda a decadência do homem aqui de maneira mais singela que em "Morte em Veneza". As belas paisagens provincianas do sul da Itália com arquitetura decadente, com prédios caindo aos pedaços são uma ótima analogia para o declínio do Príncipe (excelente atuação de Lancaster), de tudo que ele é e acreditou até ali.
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É preciso que as coisas mudem para continuarem sendo as mesmas. Eis o triunfo e a maldição do leopardo. Filme belíssimo.
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02/11/07 - Um grande épico que retrata a sociedade italiana da metade do século XIX. Com magistral fotografia, figurinos e trilha-sonora de Nino Rota. Ainda tem as impecáveis atuações de Burt Lancaster, Alain Delon e Claudia Cardinale.
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"Se mover para continuar sempre no mesmo lugar"
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Sempre tive dificuldade com o gênero de drama de época clássico da nobreza e com O Leopardo não foi diferente.Belos cenários, fotografia, figurino, e movimentos de câmera, atuações mas um filme que não me empolga, não me fascina exceto a beleza de Claudia
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Visconti equaliza visões políticas à narrar a história com uma perspectiva também parcial enquanto humana, sendo assim uma espiral de ambiguidades. Algo que jamais merecia ter seu exímio trabalho de câmera em preto e branco! FILMAÇO.
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O filme é acima de tudo, um interessante estudo de personagem, onde num mesmo momento o personagem de Lancaster (numa atuação contida e digna, diga-se) se percebe perdendo espaço, tanto na hierarquia da sociedade quanto na juventude perdida.
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As coisas precisam mudar para continuarem as mesmas (entreouvido por aí...).