A cada filme que encontro dos irmãos Dardenne me deparo com o pensamento de que seus filmes e personagens são todos iguais e que seu cinema não me causa grande alvoroço. Sua crítica social está sempre presente bem como sua forma ultra-realista de filmar. Seus filmes são verdadeiros e também monótonos e porquê não, rasos também.
Angustiante, provocador, intenso, humano. A luta pela sobrevivência pode ser desgastante, quase primitiva e melancólica. O problema é que quase nunca tiramos os olhos de nosso próprio umbigo, fingimos que Rosetta não existe. É preciso repensar o sistema.
A câmera intimista e a exploração pessoal tão profunda só nos faz encontrar uma menina,dificuldade é sua existência,lenta e sem atitude para mudar sua situação.
Prefere dar a rasteira,confirmando o que se planta,se colhe.Acelera bonitinha !
No cinema dos Dardenne, pulsa a força da alma inquieta, que não sabe corresponder quando encontra algum calor em um mundo tão gélido. Mesmo assim, os silêncios e os gestos contidos denunciam: há uma fagulha de esperança.
Tanta rebeldia (ajudada pela insuportável "câmera nervosa") só para mostrar a difícil missão de encontrar emprego, ou porque a pobre donzela precisava de um "trato" especial?