- Direção
- Michelangelo Antonioni
- Roteiro:
- Julio Cortázar, Michelangelo Antonioni, Tonino Guerra
- Gênero:
- Drama, Suspense
- Origem:
- Itália, Reino Unido
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 111 minutos
- Prêmios:
- 20° Festival de Cannes - 1967, 39° Oscar - 1967, 24° Globo de Ouro - 1967
Lupas (50)
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Em "Blow-Up", Antonioni realizou um filme hermético, reflexivo e intrigante. Uma obra que coloca o homem frente ao vazio da existência, o tédio do mundo, o absurdo das amarras sociais, a impossibilidade dentro de si mesmo. Também é o retrato de uma convulsão social, de uma época de pura efervescência cultural e política (loucos anos sessenta). É absolutamente sensacional a cena com os Yardbirds, um dos momentos mais célebres do Cinema. O final também é impressionante. Obra-prima!
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A primeira metade mais contemplativa que expõe a rotina tediosa do protagonista pode ser de difícil assimilação, ainda que a fotografia encha os olhos. O melhor momento dele mesmo é a análise das fotografias, onde há uma série de metalinguagens. Cena final: a arte pode ser incompleta e sem propósito, mesmo sem perder certo encanto.
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No terço inicial do filme achei que estava diante de um filme horrível, mas a forma como a atmosfera dândi onde Thomas orbita vai se desenvolvendo é fascinante. Longos planos e silêncios com muito espaço para especulação. O file é cheio de várias metáforas como o grupo de hippies jogando tênis com o vazio (o mesmo vazio do cadáver?), a guitarra destruída e tão disputada dentro da casa de shows mas que na calçada se torna algo sem valor e muitos outros belos detalhes
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Gostaria muito de assistir esse filme com a mentalidade de quem o admira para conseguir sentir o que para mim não passou de um chá morno.
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A percepção do vazio.
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Aquele filme que nos escapa por entre os dedos.
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Levanta questões interessantes, mas o roteiro ordinário e a direção mediana desenvolvem tudo de forma muito preguiçosa e pífia; os simbolismos são tolos, os personagens pessimamente construídos e o ritmo monótono descontribuem para este filme de vitrine.
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Cine Cult - USP, 23-03-2018
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Com a premissa de um mistério que pode não estar lá, vemos Antonioni fazendo um filme sobre um protagonista multifacetado que também pode não estar lá (na tela). Metalinguístico e provocador, “trama” propriamente é o que menos interessa nesta obra-prima!
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Enquadramentos fantásticos, imagens e cores absurdas. Não tão inacessível quanto parecia, tem em seu ato final, o mais complexo e difícil, abrindo margens interpretativas. Algumas cenas estão entre as mais importantes que já vi.
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Antonioni é preciso e seguro na captura do impreciso, inseguro, incerto. Firma uma visão de mundo com uma estética que complementa genialmente a temática, me deixando absolutamente inerte na poltrona quando o último frame aparece e se congela.
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30/11/06 - "Blow Up" é na essência um filme sobre um mundo estranho, onde o real e a imaginação se misturam. A falta de comunicação também está presente quando as pessoas pouco se importam com as investigações de Thomas. Tecnicamente o filme é perfeito,
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Aquele partida no final é coisa de mestre mesmo, a tempos não via algo tão bem pensando e realizado. Do filme tiraria uma ou duas cenas que não vi muitos Necessidade. Ainda sim uma obra de inegável poder hipnótico.
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Antonioni, refém da urbanidade e arquitetura das coisas, implorando através das suas imagens pela racionalização do seu universo é irresistível. Ainda acredito que os seus dramas contém as melhores concepções visuais que um drama pode obter. Grande.
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Vixi, quando apareceu Jimmy Page eu enlouqueci!
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O real e o imaginário. O vazio existencial e a busca pela fuga momentânea do cotidiano. A percepção alterada. Por fim, as cenas finais, verdadeiras recompensas para o espectador e que resumem perfeitamente as intenções de Antonioni. Filmaço!
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Talvez o filme mais hipster da história, cheio de poses, comédia involuntária total! A fotografia, a arte no geral, as bandas, é bem feita, mas poser pra caralho. E bem machista, todas as mulheres são sonsas, ingênuas e safadinhas. Fora o tédio do diretor
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Se o filme é sobre absolutamente nada, eu não tenho nada a dizer sobre ele.
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Quase definitivamente o cinema aqui é imagem, mas de um conceito dialético Antonioni expõe que estamos sujeitos às mais ignóbeis limitações e falta de raciocínio.
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Fora a sofisticação na direção (o jogo de câmeras é belíssimo), não vi nada demais. O primeiro ato é tédio puro, além de totalmente sem foco. O protagonista, desinteressante. Enfim, Antonioni fez muito melhor, antes e depois.