15/05/04 -Um filme que alterna seus temas, no início enfoca o processo criativo da escritora depois, ganha um clima de erotismo e culmina em suspense O erotismo presente no filme é um dos pontos altos e apesar do clima intenso, o filme diverte.
Flertando com a metalinguagem e com o thriller, Ozon sempre entrega filmes interessantes mas que nunca nos surpreendem, seu cinema é pueril ainda que simpático.
De uma premissa simples, Ozon extrai desdobramentos que prendem a atenção, mesmo que aposte em uma reviravolta banal demais. Sagnier, por sua vez, é a encarnação da luz solar com sua desinibida Julie.
Tremenda masturbação artística, desperdício da Charlotte Rampling nessa bobagem estilosa, inócua e superficial. François Ozon filmando afetado ninguém aguenta: é fria.
Com uma trama excelente, Ozon cria uma obra extremamente instigante. O duo de atrizes incríveis se completam e as sutis mudanças do roteiro mais a ausência de clichês são beneficiadas pelo surpreendente final. Um ótimo filme.