O sistema que não está pronto para recuperar ninguém. Assim como havia mostrado as falhas do sistema carcerário brasileiro, Ramos expõe as rachaduras das formas de punição e recuperação de adolescentes infratores. Maus tratos, infraestrutura precária, assistência reduzida: a lista de problemas é imensa.
O recorte de Maria Ramos é preciso, bem conduzido e, sabendo do poder da realidade crua, pouco diz de sua parte para deixar o resto aflorar. De deixar indignado em vários sentidos.
Eita, que Doutora Juíza braba, mas gostei da firmeza em que dá os esporros nos adolescentes, mais uma excelente produção da cineasta Maria Augusta, chorei horrores com as "crianças", está tudo tão errado, tudo, as cenas finais com o destino de algumas das crianças relatadas me doeu profundamente, principalmente pela morte do 230, realidade que todos fogem do Criam, e votam para as drogas, triste, queria saber como estão agora…
Filme muito realista e, portanto, desnecessário dizer que chocante e cruel. A mim sobressaiu a frieza generalizada do contexto: adolescentes com olhar distante, como desumanizados, por um lado; por outro, a mesma desumanização nos agentes do sistema.