Lupas (31)

O medo nesta obra de Carpenter não está na figura de um monstro ou de um assassino impiedoso, mas sim os conceitos sobre religião e a reflexão da verdadeira natureza do mal que causam calafrios, e que só crescem a cada revisão.

O filme diverte em algumas cenas entretanto é uma história que tinha potencial é desperdiçada e um mistério do começo é simplesmente perdido

https://www.youtube.com/watch?v=--wAw7gBQxU

Mistura de noir com terror sobrenatural e psicológico de atmosfera perturbadora e montagem precisa, situando-se no encontro de pesadelo e despertar, negação e crença.

Uma brincadeira metalinguística insana que zomba e desconstrói ao seu bel-prazer todos os arquétipos e clichês dos filmes de terror. Um verdadeiro anti-terror.

De: Carpenter. Sobre: Carpenter.

A ficção influencia nossa realidade desde que começamos a pensar. Quando você sabe manipular uma, vai saber controlar a outra. Horripilantemente genial.

O roteiro é tão imaturo e caricato que parece ter sido escrito por uma criança de 7 anos. Por incrível que pareça, deu até pra sentir falta das "adaptações" do Stephen King.

O melhor do filme é o final: Carpenter dá risada do espectador, como se dissesse: "Otários! Ficaram uma hora e meia vendo essa porcaria!".

John Carpenter e uma de suas mais completas criações. Um prelúdio para o posterior Pesadelo Mortal.

Referências a obras anteriores, reflexão sobre a barreira entre o real e ficção, a influência do artista e seu trabalho diretamente no público, o horror inesperado e poderoso, os monstros e pessoas escondidas no escuro. Um pesadelo carpenteriano filmado.