A câmera lenta de peckinpah, suas tramas de inspiração no faroeste, seus personagens imorais, em ambientes brutais e sujos, aqui mcqueen encarna um tipo complexo, que sai da prisão e encontra dúvidas e dificuldades no seu casamento em meio a um mal fadado assalto e uma fuga absurdamente pelo interior do Texas, um grande filme de ação que acerta no casal principal e em seu psicopata antagonista rudy, escorrega em alguns pontos com facilitacoes e decisões duvidosas, mas o saldo final e bom.
O filme tem alguns momentos mais rudes e a utilização das personagens femininas seria polêmica hoje em dia (lembrando que os vilões tbm são todos selvagens), de resto ótimo road movie e bom cinema de ação.
McQueen e MacGraw começaram um caso durante a produção. Ela deixa seu marido Robert Evans (O Poderoso Chefão, 1972) e se torna a segunda esposa de McQueen.
Peckinpah é o cara que filme uma cena romântica de reconciliação dentro de um pedaço de fusca no lixão. Filme de ação setentista que não deve em nada aos mais "clássicos", talvez seja até melhor que alguns.
Contando com o rei da presença,inspirador por ser tão atuante e homem,tudo é uma longa sequência,saindo de um único ponto e mantendo a criatividade num espaço real.
O estilo seco deixa o conteúdo bruto de Peckinpah ainda mais evidente.
Não consegui nem assistir até o final. Acho que o estilo pop 70's do Peckinpah, meio fragilizado, me irrita. Agora estou até na dúvida se Tragam-me a Cabeça e Straw Dogs são realmente bons. Até a trilha do Quincy Jones ficou esquisita.
Peckinpah, Walter Hill e Steve McQueen em um espaço só: não tem como sair algo decepcionante. Se Sam é o poeta da violência, esta aqui foi escrita em prol do amor. Um filme pelas dificuldades e superações a dois.