Lupas (19)

Filme que se sustenta pelo contexto (Juventude Transviada atropela um cinema quase noir de segunda linha) e por qualidades ocasionais (Moreau melancólica e com sua tristeza assessorada pela trilha cortante do Miles Davis). Filme policial curioso e errático....

Noir que inspira os trabalhos posteriores da novelle vague especialmente os trabalhos de Godard e diretamente ao cinema de Mellville. Noir esteticamente esplendoroso envolto de uma frieza e meticulosidade muito calculados. Acaba me gerando um resultado um tanto insosso.

Miles Davis era malandro. Que tipo de filme ele escolhe pra adentrar no cinema? Um noir de arte francês kkkk Foda! E é incrível como sua trilha melancólica, com suas "rajadas trompetais", se encaixa no filme. Sem dúvidas o ponto alto do filme. A trama é engenhosa em seu desfecho e a trama paralela dos jovens faz menção a algo de uma nascente Nouvelle Vague. O final com a revelação das fotos é muito foda!

Entre uma ideia intrigante, que se inicia nos desencontros e coincidências que prometem ditar a condução da narrativa, e o final insosso, Louis Malle joga aos espectador lindas imagens de Jeanne Moureau pelas ruas da cidade e insere o grande foco da ação do filme sobre a insípida subtrama de um jovem casal em aventuras injustificadas.

Começando em alto nível, Cadafalso sofre uma ruptura absurda quando o protagonista sai do elevador. Por que ele avisa a ninguém que estava preso ali e resolve todos os problemas desnecessários que virão a surgir? Tão enrolado quanto o título nacional.

Uma trama intrincada e inteligente. Jeanne Moreau andando desolada ao som de Miles Davis é de se admirar.

A narrativa de Louis Malle começa muito bem; atmosfera Noir, boa música, trama relevante. O problema é que tudo vai se diluindo com o passar do tempo, perda de interesse mesmo. Mas Jeanne Moreau e o frescor das imagens ainda seguram as pontas.

31/01/09 -O roteiro é magnífico, de grande inteligência. Jeanne Moreau faz uma atuação impecável, que lhe rendeu reconhecimento mundial e a trilha-sonora de Miles Davis é soberba.

Uma aula de narrativa, mesclando um certo clima noir com a subtrama do casal ladrão, com uma sucessão de coincidências e tragédias inesperadas.

Roteiro, direção e montagem, que dão sustentação a este pequeno, porém, digno representante de um cinema, que já não mais se faz. Digno de encômios.

Um poço de ironia sem fim. Trama cheia de reviravoltas muito bem conduzidas com a trajetória de cada personagem. Um retrato de época e de gerações inusitado.

É um suspense classudo, com uma premissa interessante e jeitinho noir. Tem até um pouco de Hitchcock ali, olha só! Mas, sei lá por que, não me cativou.

Histórias com moral no final já quasse não existem mais. Este, de alma trágica e impressão noir, através disso pretende levantar voos cada vez mais altos numa válida tentativa. Jeanne Moreau, maravilhosa.

Louis Malle conseguiu se sair razoavelmente bem tanto na incursão neste filme de gênero noir, no melhor estilo Rififi ou dos suspenses de Melville, quanto no movimento da nouvelle vague, com "30 anos esta noite". Uma grata surpresa.

Inesquecíveis as cenas de Jeanne Moreau vagando sem rumo pelas ruas de Paris à noite ao som de Miles Davies.

A primeira metade envolve mais, com o tom de suspense e a agonia de ver Julien preso no elevador. À medida que avança, uma parte da força se perde, e a subtrama dos jovens imprudentes desvia o foco do que era mais interessante. Compensam a direção estilosa de Malle e fazem bem aos tímpanos os acordes de Miles Davis.

Ah, as peripécias do destino... Malle adapta um agumento maravilhoso e o desenvolve primordialmente e filma Moreau linda andando a noite à procura do seu amor ao som de um saxofone matador. Sensacional.

O suspense, que de tão bom, te deixa com a corda no pescoço igual ao personagens.

Como diriam os franceses: 'Formidable!'