Boa tentativa de juntar uma ficção científica com o thriller, o problema foi que ficou só na iniciativa. Apresentou muita dificuldade pra fazer o espectador entender cada sinal que aconteceu no longa, prejudicando a fluidez e claro, qualquer suspense. A própria tese da linha temporal decide esquecer de responder algumas perguntas e exagera na compreensão dos personagens secundários diante de uma situação tão extraordinária como essa.
Quando o egoísmo atinge o próprio ego. Foi a melhor mensagem que pensei pra não me limitar a questão do tempo, que no fim é a única força motriz de toda a trama. Entre reviravoltas previsíveis e outras que surpreendem, choca-se e expande-se até o último grau o conceito de viagem no tempo predestinada (e a derrocada moral do homem).
Idas e vindas. Ciclos. Pedaços de tempo que dizem mais sobre a inerência do profundo e primitivo; desejo reprimido. A descontinuidade do que não foi. Filme vivido de originalidade.
A 1ª parte beira a perfeição, cheia de detalhes que nos grudam na cadeira, porém, quando as histórias começam a se entrelaçar, tudo fica sem graça e o encanto do mistério se esvai em situações irrelevantes e menos complexas do que parecem.
Como assisti Triagulo do Medo antes, a história não me surpreendeu, embora com um final confuso em que não consegui acompanhar o enredo, ainda assim é muito bom.
Produção é exemplo de como se fazer um filme simples - e ao mesmo templo complexo - com poucos recursos. E prova que o cinema vive é de boas idéias exploradas de forma competente. Belo suspense e ficção científica interessantíssima.