- Direção
- Eric Rohmer
- Roteiro:
- Eric Rohmer
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 108 minutos
Lupas (11)
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Poucos cineastas conseguem filmar diálogos longos como Rohmer. Além das palavras, há uns detalhes bem interessantes no segundo plano, como quando a personagem Anne alimenta os peixes no aquário enquanto conversa com François. Esse ato serve de alegoria para a relação entre os dois, porque, ao contrário das palavras de ambos sugerir uma intenção de repelir um ao outro, no fundo, eles alimentam um desejo por atenção e proximidade, em uma complicada relação de codependência existencial.
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As pessoas complicam tudo. E Eric Rohmer filma essas complicações com paixão e entusiasmo. Por isso é impossível (pelo menos para mim) não se render ao seu Cinema. É delicioso acompanhar os diálogos harmoniosos, os olhares inquietos, as situações prosaicas e absurdas (se contradizem, assim como os personagens). Encantador ver um mestre no melhor de sua arte.
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Toda a sequência em que o personagem principal e a cativante moça que ele conhece seguem o casal e dialogam é impossível de ser filmada da mesma forma por outro cineasta. Falar mais sobre o filme é dizer nada sobre as centenas de nuances que ele tem a oferecer.
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Um Rohmer que não me cativou. Consigo até embarcar na vida das personagens e admirar a forma sutil como Rohmer retrata suas relações, sem firulas, sem invenciones ou dramalhões excessivamente piegas mas acho que desta vez o texto de Rohmer me pareceu mais frágil que o habitual. Gosto do encontro no parque com a garota.
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A busca incessante de François(Philippe) em seguir Anne(Marie) acaba se estendendo tanto que perde o interesse. O encontro com Lucie(Anne) é mais agradável, mas por estar ainda dentro da perseguição, não evolui como poderia. O melhor dessa obra acaba por ser a reflexão final: essa crise de um relacionamento conturbado entre os dois e de uma relação inesperada com outra se concluem com François distante de ambas, sem entender o que necessita pra ser suficiente.
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Mais uma vez há um luxo de espontaneísmo nouvellevagueano admirável, mas menos cativante do que o costumeiro por parte de Rohmer.
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Imprevisível, com uma apologia liberal cativante e na meiuca há uma presença encantadora.
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Marie Rivière mostrando um pouco do que viria com força total em O Raio Verde. Além disso, os diálogos de Lucie e François embalam o filme.
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10/12/11
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Deliciosamente verborrágico, um hábito em Rohmer. Justamente por esse detalhe, oferece tempo mais do que suficiente para conhecer os personagens e enxergar suas inquietudes absolutamente universais.
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Quem fala dos próprios problemas é sempre ridículo para os outros.