- Direção
- Eric Rohmer
- Roteiro:
- Eric Rohmer
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 114 minutos
Lupas (9)
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Os personagens de Eric Rohmer vagam por seus sentimentos, impulsos e idealizações. Estão em encontros e desencontros, vivem o prosaico - são o excesso, intensidade, paixão. É a existência em sua forma singular de estanhamento, beleza, certa incompletude de ser.
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O afeto entre Félicie e Charles é muito apressado no início do filme, o que atrapalha e muito o restante, já que não tivemos contato com o casal - vira um 'tanto faz' se eles voltarem -. Sobra espaço, então, para dois romances muito desinteressantes, então não conseguimos embarcar em nenhum dos três relacionamentos, o que torna a história enfadonha. Eric Rohmer poderia ter aguçado muito melhor nosso arrebatamento, mas o resultado é um filme pálido.
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Interessante, pois há história, não cai na abstração vazia. A fogueteira enche o saco, mas o andamento do filme é bom (a vida lhe ensina) termina bem legal, otimismo e senso de realidade muito simpático. Não sei o quanto de realidade geral o cinema da França coloca, olhando todas as épocas e estilos através do cinema, parece que os franceses são frescos demais, falam demais, são muito fúteis.
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Em alguns momentos pode ser um pouco arrastado mas é um bom filme. As atuações são boas, principalmente da Charlotte Véry. O final pra mim foi um pouco surpreende e gostei. Tá sendo bem interessante essa série de filmes do Rohmer.
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Pra abraçar completamente o filme, há de ter uma cumplicidade enorme com a personagem insuportável de Félicie e uma tolerância grande com o intelectualismo melancólico. O final é belíssimo e o hiato de um amor holywoodiano clássico, quase eterno (espécie de primavera) com o preenchimento conflituoso e gélido na meiuca francesa é interessante.
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O conto do coração preenchido que não gera espaço para novos amores, para novas histórias, que se fecha numa esperança infactível. Rohmer brinca com a falsa magia dentro de uma perspectiva bem realista. Interessante.
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08/05/09
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O espectador que já passou por uma fase de dor de cotovelo certamente será capaz de compreender o inverno atravessado por Félicie, em maior ou menor grau.