Eficiente em filmar os últimos dias de Trotsky, bem encarnado por R.Burton. Bom discurso panfletário, mas muito lento e F.Jacson não convence muito, parece caricato e fugindo muito do personagem real, embora A.Dellon mande bem. Foda a cena da tourada.
O diretor Joseph Losey, de obras consagradas como O Criado, extrai ótimas atuações de Burton, como Trótski, e Delon, sedutor como Jacson. O pano de fundo do embate entre os dois é uma análise contundente do totalitarismo.
O tema não atrai tanto, já que não é uma personalidade interessante, mas é muito estiloso com sua secura absurda e seus principais fascinantes - Delon é sem-igual.
Pena ser tão lento, há cenas grandes: a tourada, o ataque prévio e o assassinato em si.
A mise-en-scène criada por Joseph Losey é de uma precisão cirúrgica, cada plano funciona como uma peça de um quebra-cabeças, que ao final continua incompleto - mas nunca menos que fascinante! Fascínio esse gerado tanto por vítima, quanto pelo seu algoz!