Lupas (9)

A construção paciente da atmosfera, com pouca ação e muito mistério sobre o tal planeta, é o detalhe mais interessante do enredo. Cabe um destaque para Norma Bengell, impecável no inglês, juntando talento e beleza apenas um ano depois de um de seus papéis mais marcantes com Hugo Khouri.

Obra dotada de muitos embriões de filmes como ALIEN, BRUMA ASSASSINA, ENIGMA DE OUTRO MUNDO, entre outros. Um Bava relativamente inferior às obras anteriores (em especial O CHICOTE E O CORPO e TRÊS MASCARAS), mas ainda assim criativo na sua concepção.

Não só é um filme muito bom, feito com baixo orçamento, mas também influente.

Bava se vira como pode e deixa sua marca visual e de terror nesse conto de ficção científica de certa influência. Mas os mistérios e as críticas a natureza humana não conseguem deslanchar e o resultado não chega a empolgar.

Bava inova com um terror/sci-fi meio trash de gênero. B.Sullivan mito! comandando geral e pagando vários micos geniais (como a cena da gravidade), N.Bengell não brilha, mas é Brasil! A Dir. de Arte é bacana com um quê de Futurismo Italiano. Divertido!

Técnica: 8.5 Arte: 8.5 Ciência: 3.0 Nota: 6.66 o pouso no planeta é algo contra todas as leis de gravidade e os exploradores respirando em outra órbita sem auxilio de equipamentos... ilustra o que seria uma embarcação tripulada por italianos e brasileiros

Está aí um filme que faz jus aos termos: Lisérgico e kitsch. Não coloco no panteão das grandes obras de Mario Bava, mas é delicioso ao seu modo! Ps: O final é dos mais pessimistas.

Pensei que fosse um "Star Trek de Mario Bava" mas não tem quase nada de Bava, daquelas direções no piloto automático, e é bem pior que a série (que começou um ano após esse filme).

O final pessimista pega de surpresa e é bem-vindo,combina com o resto do filme. Mas a melhor característica são os aliens em forma de luz,driblam os efeitos especiais e são um terrível inimigo que nunca se sabe onde está e aonde atacará.