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Jeanne Dielman

(Jeanne Dielman, 23 Quai du Commerce, 1080 Bruxelles, 1975)
8,2
Média
59 votos
?
Sua nota
Direção
Roteiro:
Chantal Akerman (escritor)
Gênero:
Origem:
,
Estreia:
31/12/1969
Duração:
201 minutos

Lupas (14)

  • O peso que as convenções sociais exercem sobre as mulheres. O peso de uma rotina vazia, da indiferença dos homens, da solidão de uma existência fria e melancólica. Jeanne Dielman está em um estado de imobilidade, enjaulada na falta de sentido imposta pelo mundo que a rodeia, na ritualização sufocante de um cotidiano simplório e desprovido de calor. Ela é o retrato de uma sociedade disfuncional, egoísta, controladora e violenta com as mulheres. Uma sociedade fadada à ruína social. Obra-prima!

    Zacha Andreas Lima | Em 29 de Março de 2024 | NOTA: 9.5
  • Eu gosto de filme de "arte", independente, alternativo. Mas a conclusão que eu cheguei aqui a essa altura, é que não sou um cinéfilo cult. E sim comum. rsrs

    Araquem da Rocha | Em 26 de Janeiro de 2024 | NOTA: 5.0
  • O filme vai além de retratar quão opressiva poderia ser, nos anos 70, a rotina de uma dona de casa francesa. É evidenciado como o colapso mental não acontece de maneira abrupta, mas sim paulatinamente, em um crescendo, por meio de erros cotidianos acumulados. Cria-se um incômodo a cada passo que é dado fora da rotina da protagonista. Ao se propor a mostrar com detalhes o dia de Jeanne, a obra atribui ao espectador, explicitamente, o papel que sempre lhe coube: o de voyeur do desastre.

    Carlos Henrique Bianchi Florindo | Em 09 de Novembro de 2023 | NOTA: 9.0
  • 2023 - Maio 042

    Garcez Filho, Carlos | Em 09 de Maio de 2023 | NOTA: 3.0
  • Apesar de detalhes forçados (e um irritante fechar de portas e apagar de luzes) é bem envolvente. Acompanhar a vida de todas as donas de casa é uma beleza, situações comuns de todas as casas. Quando a véia começa a errar as pequenas coisas é sinal que algo vem pela frente...

    Adriano Augusto dos Santos | Em 21 de Abril de 2021 | NOTA: 8.0
  • A dona de casa, superorganizada,servil, domesticada. A mulher oprimida, sem voz, produto do seu tempo, seu meio e da sociedade que a permeia, onde nem mesmo o sexo é um prazer, mas apenas mais uma tarefa diária. A câmera estática, transbordando em imagens a assepsia e apatia da vida daquela mulher. Enfim, a ruptura. Esse filme tem muito a falar sobre feminino e feminismo, coisa que só uma diretora mulher poderia fazê-lo. Por mais Akermans e diretoras mulheres!

    Phellipe Araujo | Em 10 de Junho de 2020 | NOTA: 9.0
  • Além de um perfeito estudo de personagem e de uma grito aterrador sobre um estilo de vida feminino, Jeanne Dielman, é sobre o tempo. Não que seja fácil passar das mais de 3h do filme, mas é cada minuto dele que valida a importância do mesmo. Cada instante preso nos rituais e manias dela, depois algo mudando, se distorcendo e se destruindo. Se tornando não apenas uma reflexão da vida, mas um espelho de um julgamento de nossos próprios momentos e rituais.

    Leo | Em 28 de Fevereiro de 2020 | NOTA: 9.0
  • O cotidiano enfadonho e anódino de uma dona de casa burguesa nunca tinha sido tão difícil de acompanhar como nessa proposta de Akerman, que investe numa montagem de sequências que os filmes normalmente sublimam. Em planos estáticos e distantes, como uma observadora discreta o mínimo possível invasiva, a câmera mostra sutilezas do pensar e do sentir de uma mulher como outras e deixa seu recado: existe algo mais por aí afora.

    Patrick Corrêa | Em 01 de Novembro de 2019 | NOTA: 9.0
  • Propositalmente longo, cansativo e repetitivo, Akerman criou um filme sufocante, com uma personagem principal presa à rotina. O silêncio nas cenas é desconfortante, e por isso é tão bom: pois é verdadeiro. Sozinha, Jeanne vive o mesmo dia todos os dias.

    Pedro Degobbi | Em 21 de Outubro de 2018 | NOTA: 8.5
  • Existem alguns filmes que possuem propostas belíssimas mas execuções que ultrapassam o limite da boa vontade. É o caso aqui, um filme propositadamente lento, repetitivo, tedioso sobre a solidão e o silêncio mas convenhamos é duro assistir até o final.

    Eliezer Lugarini | Em 06 de Junho de 2017 | NOTA: 5.0
  • Entendo que o ritmo entediante, repetitivo e de sutilezas é proposital para representar a vida da mãe viúva, porém fica a impressão que caberia até em um curta e o resultado da experiência poderia ser o mesmo só que menos enfadonho. Mas no geral é bom.

    Bruno Ricardo de Souza Dias | Em 01 de Junho de 2017 | NOTA: 7.0
  • O maior mérito é fazer do espectador um personagem, enquanto o cotidiano consome a protagonista. A prova de que Akerman foi uma das maiores a passarem por esse mundo.

    Nilmar Souza | Em 07 de Outubro de 2015 | NOTA: 9.0
  • 19/01/14

    Eduardo Scutari | Em 19 de Janeiro de 2014 | NOTA: 7.0
  • ughhh

    Gustavo Branco Germano | Em 02 de Junho de 2012 | NOTA: 7.5