- Direção
- Humberto Mauro
- Roteiro:
- Humberto Mauro (escritor), Octavio Gabus Mendes (argumento)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Brasil
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 82 minutos
Lupas (11)
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Além de ser uma pérola perdida do período de mudança do Cinema mudo para o falado no Brasil, funciona como um retrato histórico-social trágico do machismo, com imagens poderosíssimas.
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A montagem meio que se atropela e o som atrapalha também, mas o filme é muito bom. Uma forte tensão sexual misturada com um trabalho psicológico. E arte. Sem contar a curiosidade de ser um filme nacional anos 30!
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"Ganga Bruta" é considerado um dos mais importantes filmes já realizados no Brasil. Afirmação correta. Basta notar o sofisticado trabalho de câmera, o lirismo que permeia as imagens, a sensualidade avassaladora na relação do casal Marcos e Sônia. Dificilmente o público da década de 30 estava preparado para tanto desejo e poesia explodindo na tela. Humberto Mauro sabia das coisas.
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Vale muito mais pela curiosidade de assistir a um exemplar bem antigo do nosso cinema, já que, mesmo com a restauração, a qualidade técnica está meio comprometida. O enredo é bem simples e explora o drama de um homem assombrado pelo fantasma que ele mesmo criou, e a volta por cima não parece tão garantida assim.
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Tem momentos simbólicos em seu trecho final de grande valor, especialmente o contra-ponto entre morte e matrimônio aos olhos de de Deus mas a transição entre o filme mudo e falado característico do início dos anos 30 atrapalha.
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Avançado em sua linguagem e quase experimental em suas escolhas, é um filme de sentimentos: culpa, raiva, inveja, devoção. Uma aparente ambiguidade em suas ideias revela o poder de uma obra redescoberta.
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Um filme sobre virilidade e desejo sexual reprimido, a cena que os dois brincam no meio de um parque em câmera lenta é puro freud.
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Nos idos de Aurora, Renoir, Buster Keaton e Mário Peixoto, não havia nada melhor a fazer que abrasileirar, cada vez mais, os signos na tela e nas intenções, neste primeiro expoente globalizado do vasto cinema brazuca.
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23/08/12
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A história é datada mas nem por isso menos forte quando contada através dos signos e das rimas visuais que culminam numa sequencia quase apocalíptica e num final que fecha o ciclo de redenção vivido pelo protagonista.
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Difícil de assistir,muito pela falta de diálogos (lanço uma questão,por que brasileiro é tão objetivo em todas as áreas ? Sempre tentam enxutar tudo) mas com uma história firme e um conflito bem bom de se ver: O marido traído e honrado agora é o outro !