Godard realiza um ensaio sobre um mundo impregnado de marcas e com um farto vazio de sentido, sem nenhuma verdade absoluta, repleto de decepção e infectado pela alienação do consumismo, degradação política e mecanização do indivíduo. Atualíssimo!
Godard traça uma continuação de Masculino-Feminino, volta à sua típica salada de críticas à tudo e todos ( inclusive criticar o Turismo) mas no fim traz uma ou outra observação interessante sobre a frieza da vida moderna e do que deve ser relevante.
Godard faz a sátira-poesia da superficialidade da sociedade capitalista e sua linguagem inerente, com afirmações bombásticas em off e reflexões filosóficas que surgem do cotidiano de uma cidade - aparentemente - tranquila.
filme que parece marcar o momento tourner à gauche de Godard. Pré-maio68, 2 ou 3 Coisas... marca também o momento em que o tema familiar se tornará corriqueiro em Godard. Questão prática: como tornar a questão política, domiciliar/caseira? Trompe l'oeil.