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Assunto de Mulheres, Um

(Une affaire de femmes, 1988)
8,1
Média
56 votos
?
Sua nota
Direção
Claude Chabrol
Roteiro:
Claude Chabrol (adaptação), Colo Tavernier (adaptação e diálogos), Francis Szpiner (livro)
Gênero:
Drama
Origem:
França
Estreia:
31/12/1969
Duração:
108 minutos
Prêmios:
47° Globo de Ouro - 1990

Lupas (11)

  • O grande mérito do filme de Chabrol é tocar em um assunto delicado e não tentar em nenhum momento tomar partido sobre o tema ; não pretende ser nem pró nem contrário ao aborto e o define apenas como retrato da sociedade. Huppert está assustadoramente ótima, em sua interpretação de uma mulher de certa forma odiável. As paletas de cores pálidas de Chabrol não costumam me agradar , ainda que sejam corretas. Tem um pouquinho (muito) de Uma canta , outra não aqui.

    Eliezer Lugarini | Em 23 de Agosto de 2022 | NOTA: 7.0
  • Em um filme pessimista e desalentador, Claude Chabrol procurou retratar o estado de vazio moral e hipocrisia da França ocupada pelos nazistas. Ele ainda discute a condição da mulher na sociedade patriarcal. Como elas são tolhidas de escolhas em prol do desejo dos homens. A questão do aborto é parte desta operação. Não posso deixar de citar o trabalho de Isabelle Huppert, impecável na construção da personalidade da protagonista.

    Zacha Andreas Lima | Em 01 de Abril de 2022 | NOTA: 8.5
  • Uma emocionante história de resiliência feminina em uma França ocupada pelo exército alemão durante Segunda Guerra Mundial. A prática do aborto é retratada com sensibilidade e como um ato de resistência feminina frente as agruras sociais. A Justiça é muito bem apresentada como um braço da opressão masculina e do moralismo religioso. Por fim, vale elogiar a bela atuação de Isabelle Huppert.

    Anderson Paz | Em 29 de Setembro de 2020 | NOTA: 8.0
  • Eis um filme que nunca passa: "Um Assunto de Mulheres", de Claude Chabrol. Pena, porque é um grande Chabrol e um dos melhores trabalhos de Isabelle Huppert, como a mulher que, durante a guerra,se inicia na proveitosa prática do aborto ilegal. Um filme, em suma, sobre a hipocrisia. ''Ave, Maria, cheia de merda O fruto de seu ventre é podre. Tenham piedade dos filhos de quem é condenado''

    Edward Jagger DeLarge | Em 20 de Setembro de 2020 | NOTA: 10.0
  • Isabelle Huppert está assombrosa em sua atuação, nessa trama áspera sobre um tema tão complicado, mas importante, onde a personagem principal não é nenhum exemplo cristalino de uma mulher padrão de sua época (não morre de amores pelo filho, despreza o marido e contrata uma amante pra ele, se utiliza dos seus serviços sem nenhum pudor de ganhar dinheiro, caso extraconjugal com um rapaz bem mais novo), tendo o machismo, a pobreza e todo contexto da segunda guerra como plano de fundo importante.

    Bruno Ricardo de Souza Dias | Em 26 de Dezembro de 2019 | NOTA: 8.5
  • Interessante desde o começo, jamais deixa a atenção baixar. Passa em temas demais e transforma nossa sensação sobre a senhora - Isabelle Huppert (sempre com seu ímpeto e safadeza latente). Começamos com dó e comiseração mas terminamos criticando justamente pela sua postura inaceitável.

    Adriano Augusto dos Santos | Em 02 de Julho de 2019 | NOTA: 8.5
  • Huppert tem uma presença enigmática, sua personagem vai além de tabus e mostra a seu jeito a hipocrisia da sociedade. E a abordagem de Chabrol não podia ser mais correta e incisiva. Um filme antigo, de época, ainda atual.

    Guilherme Algon | Em 08 de Janeiro de 2018 | NOTA: 8.0
  • Um filme, muito bem produzido, trata na pele, o comportamento de mulher viciada em sexo e mau.

    ADEMAR FERREIRA BESSA | Em 18 de Outubro de 2017 | NOTA: 8.0
  • Huppert, em excelente atuação, liderando uma obra que discute questões morais complexas e sem se deixar levar por maniqueísmos ou resvalar na obviedade. Em uma análise crua de personagem, Chabrol mostra sua face crítica e diálogos habilidosos.

    Gabriel Frati | Em 30 de Maio de 2017 | NOTA: 9.0
  • 29/12/11 -Brilhantemente filmado e dirigido, é um drama denso que discute assuntos como aborto, pena de morte, adultério e guerra. A direção de arte é perfeita na adaptação da época da II Guerra, e Isabelle Huppert realiza mais uma grande atuação.

    Eduardo Scutari | Em 07 de Maio de 2017 | NOTA: 9.0
  • Diferente dos filmes franceses, não é à toa que fez mais sucesso nos EUA! Boa crítica à hipocrisia da sociedade, com elenco afiado. Algumas cenas desnecessárias, mas nada que prejudique a boa montagem. Amoral, triste... Enfim, assunto de mulheres...

    Gilberto C. Mesquita | Em 29 de Julho de 2011 | NOTA: 7.5