- Direção
- Eduardo Coutinho
- Roteiro:
- Eduardo Coutinho (escritor)
- Gênero:
- Documentário
- Origem:
- Brasil
- Duração:
- 110 minutos
Lupas (10)
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Uma proposta interessantíssima: sem roteiro e sem muita pesquisa, Coutinho e sua equipe foram ao sertão pernambucano colher depoimentos de habitantes anciãos. Nessa aparente simplicidade, ele entrega o protagonismo a gente com muito a dizer, mesmo nas longas pausas entre as falas. Poderia ser enxuto, entretanto.
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O fim da vida e o princípio da morte.
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Como muitos filmes do Coutinho perde força no seu decorrer, mas é muito interessante (alguns personagens são bem divertidos e espontâneos - coisa que praticamente não existe mais na classe média politicamente correta). Há inteligência intuitiva no sertão.
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Rosa e Coutinho entram na casa de Amador. Os três se cumprimentam. Rosa apresenta a equipe. A câmera não mostra a equipe. Rosa nomeia cada um presente ali. A câmera ainda nos três. Rosa explica o que fazem ali. 'Eles trabalham com cinema'. E que cinema!
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A prosa do tempo!
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Dentre os longas de Coutinho, aquele que menos me impressiona. A busca de personagens não se revelou frutífera, resultando em entrevistas trancadas, ruins, onde o entrevistador fala mais que o entrevistado. Impossível comparar com seus melhores trabalhos.
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"Viemos para a Paraíba para tentar fazer [um filme], em quatro semanas, sem nenhum tipo de pesquisa prévia, nenhum tema em particular, nenhuma locação em particular." A versão do sertão da Paraíba de Edifício Master.
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Sem maiores alardes e tratando de assuntos simples e reais, documentário disseca vidas de brasileiros, afastados do bem-bom.
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Coutinho tinha uma incrível habilidade em conciliar o filme-processo com o filme-de-personagens. Personagens reais que sempre superam a ficcionalização do diretor quando o próprio filme passa a ter alguma significação na vida deles.
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Um dos trabalhos mais interessantes de Eduardo Coutinho. Um belo filme, sem roteiro, baseado nos fantásticos relatos dos moradores do sertão.